CPI do 8/1 recebe pedido para convocar Frederick Wassef para depoimento
A CPI do 8 de janeiro recebeu pedido para convocar Frederick Wassef, advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), para depoimento como testemunha à comissão.
O que aconteceu
Requerimento foi protocolado hoje pela deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ). Wassef é investigado pela PF em esquema de venda e recompra de joias recebidas de presente por Bolsonaro em agendas oficiais na Arábia Saudita.
No pedido, deputada argumenta que Wassef pode ser suspeito dos crimes de peculato e lavagem de dinheiro. Ela usa como base para o requerimento investigações que apontam que o advogado usaria o dinheiro arrecadado com as vendas de joias para financiamento dos atos que destruíram a Praça dos Três Poderes.
Pedido ainda precisa ser aprovado para que convocação seja realizada. Só depois da aprovação que os parlamentares da comissão vão decidir quando a audiência vai ser realizada.
Advogado de Bolsonaro teve quatro celulares apreendidos pela PF. Wassef foi alvo de mandado de busca e apreensão na noite de ontem. Ele foi localizado pela corporação em um restaurante na zona Sul de São Paulo. Também foi recolhido com ele um carregador de pistola com munição, segundo a colunista do UOL Juliana Dal Piva.
Wassef confirmou recompra de Rolex. "Comprei o relógio, a decisão foi minha, usei meus recursos, eu tenho a origem lícita e legal dos meus recursos", falou o advogado para jornalistas na última terça-feira (15). Ele também afirmou ter "conta aberta nos Estados Unidos", em um banco de Miami.
Presidente da CPMI diz que não pautará caso das joias
O presidente da CPMI do 8 de janeiro, Arthur Maia (União-BA), disse que a comissão é para investigar os atos antidemocráticos, não o caso das joias e outros bens de valor recebidos como presentes de países estrangeiros por Bolsonaro e que não foram incorporados ao patrimônio público.
CPMI não será palco para "discussões estranhas" aos atos golpistas, afirmou Arthur Maia em postagem no Twitter.
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