Conteúdo publicado há 10 meses

Bolsonaro brinca ao ganhar joia em GO: 'deu maior problema da última vez'

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ganhou uma semijoia de presente em uma joalheria no Setor Sul, em Goiânia, e brincou que "deu maior problema da última vez". A informação é do jornal O Popular.

O que aconteceu:

A dona da loja e designer de joias disse ao jornal que o pingente dado a Bolsonaro é uma semijoia. O fotógrafo do jornal Fábio Lima registrou o rosto do político sorrindo ao receber o presente. Não foi possível ver os detalhes do item.

No Instagram, a dona da joalheria comemorou a presença do político no estabelecimento. "Meninas, que emoção que eu estou. Acabei de receber Jair Bolsonaro na minha loja. E eu tive a satisfação de mostrar para ele a coleção de semijoias feitas por mim", disse. A mulher ainda publicou uma imagem dando o presente ao político.

Ao ser questionado sobre a quebra de sigilo no local, Bolsonaro se limitou a dizer que "os sigilos já estavam quebrados". Ele compareceu a Goiânia para concluir um tratamento odontológico, além de se consultar com um nutrólogo.

Bolsonaro também está no estado para receber o título de cidadão goiano nesta sexta-feira. A homenagem em sessão solene, organizada pela Assembleia Legislativa de Goiás, será reservada apenas a autoridades. O Estado governado por Ronaldo Caiado é um reduto bolsonarista.

As suspeitas da PF

O presidente brincou após o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes ter autorizado ontem, a pedido da PF (Polícia Federal), a quebra do sigilo fiscal e bancário do ex-presidente e da esposa dele, Michelle.

O objetivo da apuração é saber se o dinheiro da venda de joias da Presidência chegou até o ex-presidente. A quebra de sigilo foi solicitada após a operação de sexta passada (11), que mirou um esquema de desvio e venda no exterior dos bens dados de presente à Presidência da República em missões oficiais — como os conjuntos de joias recebidos da Arábia Saudita.

A PF aponta que os recursos gerados com as venda dos bens eram repassados a Bolsonaro em dinheiro vivo. Outros indícios da participação do ex-presidente se deve ao fato de as joias serem levadas ao exterior durante viagens presidenciais em aviões da FAB (Força Aérea Brasileira).

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Uma das joias seria um conjunto composto por um relógio com pulseira em couro, par de abotoaduras, caneta rosa gold, anel e um masbaha (espécie de rosário islâmico) rosa gold.

O advogado Frederick Wassef, trabalha na defesa de Bolsonaro, disse que foi aos EUA para recomprar o relógio Rolex dado por autoridades sauditas com a intenção de repassar o item para o governo federal.

Os valores obtidos dessas vendas eram convertidos em dinheiro em espécie e ingressavam no patrimônio pessoal do ex-presidente da República, por meio de pessoas interpostas e sem utilizar o sistema bancário formal, com o objetivo de ocultar a origem, localização e propriedade dos valores.
Trecho da manifestação da PF ao STF

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