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Maierovitch: 'Bonzinho', Bolsonaro muda tom para evitar prisão preventiva

O colunista do UOL Wálter Maierovitch considera que, ao entregar extratos bancários ao STF, Jair Bolsonaro usa a estratégia de se mostrar colaborativo para se livrar de uma possível prisão preventiva.

Bolsonaro tenta melhorar a imagem dele perante a Justiça. Ele não está mais trombando e se posiciona como bonzinho e colaborador com uma entrega espontânea no momento em que mais se discute sobre a necessidade de uma prisão preventiva dele. Com isso, ele não quer deixar qualquer motivo para que seja decretada a prisão preventiva dele. Juridicamente, essa é a estratégia. Wálter Maierovitch, colunista do UOL

No UOL News, Maierovitch avaliou que a tática de um Bolsonaro mais solícito com a Justiça já poderia ser vista em outros casos nos quais o ex-presidente está envolvido. O colunista destacou a possibilidade de Bolsonaro entregar o passaporte de forma espontânea, como forma de mostrar que não tem intenção de deixar o país, já que autoridades monitoram o risco de fuga do país.

Está se assistindo a esta mudança de postura dele em diversos casos. Ele até mudou o tom de voz. A partir do momento em que, suponhamos, ele se antecipa e espontaneamente entrega seus passaportes e seus extratos, vai melhorando a imagem e mostra que não cria motivos para a intranquilidade pública e prejudicar apurações. Wálter Maierovitch, colunista do UOL

Maierovitch: Medieval, Zanin confunde questão de saúde pública com criminal

Wálter Maierovitch criticou a posição do ministro do STF Cristiano Zanin, que votou contra a descriminalização do porte de drogas para uso pessoal. O colunista ainda considerou que o STF acerta ao promover o debate para estabelecer a distinção entre usuário e traficante

Zanin tem uma posição medieval, na qual confunde conceitos. Ele não tem a lucidez para perceber que uma questão de saúde pública não é uma questão criminal. Esse é um erro grosseiro, crasso. Zanin começa mostrando sua absoluta ignorância com relação ao fenômeno das drogas. Wálter Maierovitch, colunista do UOL

Josias: Voto de Zanin foi retrógrado; STF adia decisão que já devia ter saído há 8 anos

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Josias de Souza também condenou o voto de Zanin e lamentou o pedido de vista de Andrè Mendonça. O colunista destacou que o tema está em discussão há pelo menos oito anos no Supremo, tempo mais do que o suficiente para os ministros se posicionarem e se decidirem sobre o assunto.

O voto do Zanin foi retrógrado, lamentável. O pedido de vista do André Mendonça foi mais lamentável ainda. Estamos tratando disso há oito anos e o Supremo não se define. Há muita hipocrisia nesse debate e, infelizmente, o Supremo adiou uma decisão que deveria ter sido tomada oito anos atrás. Josias de Souza, colunista do UOL

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