Maierovitch: Medieval, Zanin confunde questão de saúde pública com criminal
O colunista do UOL Wálter Maierovitch criticou a posição do ministro do STF Cristiano Zanin, que votou contra a descriminalização do porte de drogas para uso pessoal.
Zanin tem uma posição medieval, na qual confunde conceitos. Ele não tem a lucidez para perceber que uma questão de saúde pública não é uma questão criminal. Esse é um erro grosseiro, crasso. Zanin começa mostrando sua absoluta ignorância com relação ao fenômeno das drogas. Wálter Maierovitch, colunista do UOL
Em participação no UOL News, Maierovitch considerou que o STF acerta ao promover o debate para estabelecer a distinção entre usuário e traficante. O colunista, porém, aponta um deslize do órgão por querer se intrometer em políticas públicas para o combate às drogas.
O Supremo foi muito mal em querer legislar e criar uma política sobre drogas. Tanto é que Gilmar Mendes mudou de posição. O STF vai bem quando faz a distinção e cria elementos para a separação entre usuário e traficante, mas vai mal ao se intrometer nas políticas públicas, que não são da competência dele e devem ser traçadas pelo Executivo. Wálter Maierovitch, colunista do UOL
Josias: Voto de Zanin foi retrógrado; STF adia decisão que já devia ter saído há 8 anos
Josias de Souza também condenou o voto de Zanin e lamentou o pedido de vista de Andrè Mendonça. O colunista destacou que o tema está em discussão há pelo menos oito anos no Supremo, tempo mais do que o suficiente para os ministros se posicionarem e se decidirem sobre o assunto.
O voto do Zanin foi retrógrado, lamentável. O pedido de vista do André Mendonça foi mais lamentável ainda. Estamos tratando disso há oito anos e o Supremo não se define. Há muita hipocrisia nesse debate e, infelizmente, o Supremo adiou uma decisão que deveria ter sido tomada oito anos atrás. Josias de Souza, colunista do UOL
Maierovitch: Bolsonaro muda tom para melhorar imagem e evitar prisão preventiva
Wálter Maierovitch considera que, ao entregar extratos bancários ao STF, Jair Bolsonaro usa a estratégia de se mostrar colaborativo para se livrar de uma possível prisão preventiva. O colunista avaliou que a tática de um Bolsonaro mais solícito com a Justiça já poderia ser vista em outros casos nos quais o ex-presidente está envolvido.
Bolsonaro tenta melhorar a imagem dele perante a Justiça. Ele não está mais trombando e se posiciona como bonzinho e colaborador com uma entrega espontânea no momento em que mais se discute sobre a necessidade de uma prisão preventiva dele. Com isso, ele não quer deixar qualquer motivo para que seja decretada a prisão preventiva dele. Juridicamente, essa é a estratégia. Wálter Maierovitch, colunista do UOL
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