Josias: Governo corta verbas de pastas com papel de ajudar em desastres
O colunista do UOL Josias de Souza criticou o governo Lula por cortar verbas de ministérios com papel fundamental no combate a desastres naturais, como no caso do ciclone que atingiu a região Sul e causou 28 mortes..
O governo acaba de elaborar o orçamento para 2024 e cortou verbas do Meio Ambiente, da Integração Nacional e das Cidades, todos os ministérios que têm interface com o socorro às vítimas de desastres. No gogó, está tudo muito apropriado. Agora é preciso que o discurso avance para a prática. Hoje, o Estado brasileiro não está se preparando adequadamente para enfrentar essa nova realidade climática, que é dramática. Josias de Souza, colunista do UOL
No UOL News, Josias apontou a dubiedade do governo federal no combate e prevenção de desastres naturais. Apesar da mudança de postura em relação à gestão de Jair Bolsonaro, o colunista avalia que Lula precisa aliar o discurso suprapartidário à prática, com medidas que realmente evitem a repetição de tragédias.
Não basta se posicionar adequadamente e não oferecer às pessoas que são vitimadas por esses desastres alternativas para fugir da morte. No verão do ano passado, os desastres produziram mais de 400 cadáveres no Brasil e Bolsonaro colocava sempre as férias à frente da solidariedade. Lula mudou essa prática, mas ela também precisa vir acompanhada de uma mudança administrativa, que orne com a emergência climática. Josias de Souza, colunista do UOL
Com Lula, diversidade sobe a rampa, mas fica fora do STF, diz professor
O professor de Direito da FGV (Fundação Getúlio Vargas) e cientista político Oscar Vilhena criticou Lula por não promover a diversidade em suas indicações para o STF (Supremo Tribunal Federal), contradizendo seu discurso. Na visão do professor, o presidente sinaliza que suas escolhas para o Supremo são mais balizadas pelos interesses políticos do que pela diversidade.
É muito frustrante ver um presidente que subiu a rampa ao lado de indígenas, mulheres negras e deficientes e, no momento de escolher aqueles que exercerão poder, ele abdique dessas alianças. Do ponto de vista político, é muito ruim e lamentável que isto esteja acontecendo. Um tribunal não é um órgão representativo no sentido eleitoral, mas tem que ter identidade com a sociedade. Oscar Vilhena, professor de Direito da FGV
Josias: Raciocínio de Lula sobre votos do STF é cínico, anticonstitucional e instigante
Josias de Souza reprovou a sugestão de Lula para que os votos dos ministros do STF sejam sigilosos. Para o colunista, a proposta atiçou os opositores do presidente, que o acusam de querer acabar com a transparência do Supremo, e tem efeitos desastrosos para o petista, assim como outras declarações polêmicas ao longo do seu terceiro mandato.
Não é o primeiro desastre verbal do Lula. Muitas outras opiniões do presidente deveriam ser mantidas em segredo. O raciocínio do Lula é cínico, anticonstitucional e chega a ser instigante. E se o Bolsonaro tivesse dito uma coisa como essa e defendesse o apagão do Judiciário? O mundo viria abaixo. Não dá para contemporizar com esse tipo de manifestação do Lula. Josias de Souza, colunista do UOL
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