CPI do 8/1: General Heleno, ex-braço direito de Bolsonaro, depõe na terça
Ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) durante o governo Jair Bolsonaro (PL), o general Augusto Heleno vai prestar depoimento à CPI do 8 de Janeiro na próxima terça-feira.
O que aconteceu
A convocação ocorre no dia seguinte ao UOL revelar que o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, declarou à PF que o ex-presidente consultou militares sobre dar um golpe.
O depoimento de Heleno está aprovado desde 13 de junho, mas ele não foi chamado porque outros nomes eram considerados mais importantes para esclarecer a invasão às sedes dos três Poderes. Após a reportagem do UOL, cresceu a pressão para chamar militares.
Em entrevista ao UOL ontem, o general afirmou que não discutiu planos para um golpe e defendeu Bolsonaro de suspeitas sobre a tentativa de criar um ambiente de intervenção militar.
Nunca participei de reuniões para tratar do assunto golpe. O presidente decidiu não realizar ações fora das quatro linhas da Constituição. Nunca houve clima para atividades ilegais, declarou Heleno à colunista Carla Araújo.
Além de Heleno, a CPI deseja ouvir o almirante Almir Garnier, ex-comandante da Marinha e que teria concordado em dar um golpe de Estado. Também há tentativa de quebra o sigilo telemático dele.
A comissão ainda quer quebrar o sigilo de Filipe Martins, que trabalhava como assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência. Ele seria a pessoa que teria apresentado a minuta golpista supostamente discutida por Bolsonaro com militares.
A CPI também deve ouvir o general Walter Braga Netto. O pedido já está aprovado e o militar é bastante próximo de Bolsonaro. Foi candidato a vice na chapa de reeleição e ocupou os ministérios da Defesa e da Casa Civil.
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