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Bate-boca entre Janones e deputado bolsonarista termina em empurrão; veja

O deputado federal André Janones (Avante-MG) discutiu com alguns parlamentares bolsonaristas e foi empurrado pelo deputado Evair de Melo (PP-ES), nesta terça-feira (26).

O que aconteceu:

A confusão ocorreu durante uma reunião da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle, na Câmara dos Deputados, que ouvia o ministro Silvio Almeida (Direitos Humanos e da Cidadania).

Nas redes sociais, Janones afirmou que foi "agredido". "Acabo de ser agredido fisicamente pelo Deputado Evair de Melo durante reunião da comissão de fiscalização financeira e controle da câmara dos deputados", escreveu.

A discussão teve início após Janones chamar um parlamentar de "idiota" por ele interromper a fala do ministro Silvio Almeida durante a reunião. "Presidente, [ele] está interrompendo o ministro. O idiota aqui falou, falou e ninguém interrompeu ele", disse.

Após a afirmação de Janones, a deputada Bia Kicis (PL-DF), presidente da comissão, pede que ele não interrompa a sessão. "Eu peço que vossa excelência se mantenha no nível de todos os deputados dessa comissão. (...) Não faça ofensas ao deputado, não é o seu papel aqui", pediu. Após o bate-boca não parar, a presidente da comissão precisou interromper a sessão por cinco minutos.

O ministro Silvio Almeida também reclama de que foi chamado de "covarde" e de "analfabeto" duranta a reunião.

Em seguida, a discussão entre os parlamentares continua o deputado Evair de Melo se levanta da cadeira. Ele e Janones continuam batendo boca e se encaram trocando ofensas.

Janones pede para ela "tirar" a mão do seu corpo e diz que o parlamentar do PP tem "cheiro de cachaça". Em seguida, é empurrado por Evair.

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O UOL procurou o deputado Evair de Melo para comentar o caso, mas não houve retorno.

Comissão ouve Silvio Almeida

O deputado Evair Melo é o autor do requerimento ouvir Silvio Almeida na comissão. O parlamentar quer cobrar do ministro "esclarecimentos" sobre trecho de seu discurso proferido durante o lançamento do Relatório de Recomendações para o Enfrentamento ao Discurso de Ódio e ao Extremismo no Brasil, ocorrido em julho.

Na ocasião, o ministro teria feito a seguinte declaração, conforme a justificativa do deputado:

"Nós não temos um dia de paz. Por exemplo, nas últimas semanas, vimos pessoas com mandato, enfim, destilando ódio e que [isso é] algo que nós vamos ter que tomar algum tipo de providência. Não tenho dúvida de que a estabilidade, não apenas da democracia no Brasil, mas da República, ela vai depender da nossa capacidade de reagir à altura contra esses arautos do caos, do desespero e do ódio. Não tenham dúvida [...] que os adversários da democracia e da República também [...] não terão um dia de paz".

Vieira de Melo considerou essa declaração "preocupante" e quer explicações do ministro "tendo em vista a admoestação ameaçadora contra a paz dos pretensos adversários da democracia e da República".

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