61 pedidos de indiciamento, 48 milhões de documentos: CPI do 8/1 em números
Em cinco meses de investigação, a senadora Eliziane Gama (PSD-MA), relatora da CPI do 8 de Janeiro, sugeriu o indiciamento de mais de 60 pessoas, incluíndo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Veja mais números superlativos da investigação.
O que aconteceu?
Com reforço de servidores, inclusive da Polícia Federal, a comissão reuniu milhares de documentos, arquivos sigilosos e imagens do circuito interno dos prédios da praça dos Três Poderes.
São mais de 1.300 páginas do relatório da senadora Eliziane Gama (PSD-MA) que embasam acusações contra 61 pessoas. Foram citados ao menos 16 crimes que teriam sido supostamente cometidos pelos indiciados.
O nome de Bolsonaro é citado 268 vezes no documento. Para Eliziane, o 8 de janeiro foi obra do "bolsonarismo", idealizado e planejado com antecedência.
Eliziane sugeriu o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro por quatro crimes: associação criminosa, violência política, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado. As penas podem chegar a 29 anos de prisão, se for condenado.
A relatora pediu ainda o indiciamento de oito generais. Há dois ex-chefes de braços das Forças Armadas durante o governo do ex-presidente.
A lista inclui um ex-comandante do Exército, o general Marco Antônio Freire Gomes. O outro é o almirante Almir Garnier, que comandava a Marinha.
Durante a investigação, a Secretaria da Comissão recebeu ao menos 48 milhões de documentos — 3.720 horas de vídeo e 21.140 horas de áudio. No material, há imagens de circuitos de segurança interno dos prédios da praça dos Três Poderes.
No total, foram 11.931 arquivos sigilosos e 11.770 arquivos ostensivos, ou seja, que não têm informações que poderiam prejudicar empresas, funcionários ou clientes. Se impresso, todo esse material ocuparia cerca de 9.600 armários físicos cheios de papel.
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