Conteúdo publicado há 7 meses

Boulos: Tarcísio recusou diálogo e é responsável pela violência na Alesp

As cenas de violências registradas ontem (6) na Alesp foram fruto da falta de diálogo do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) durante todo o processo que culminou na aprovação da privatização da Sabesp, afirmou o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP).

Não houve consulta à sociedade. Não há justificativa razoável para se conduzir a privatização da Sabesp, ainda mais de uma forma atropelada, sem diálogo, às escondidas, como o Tarcísio conduziu. O resultado da falta de diálogo foi o que vimos ontem. É importante lembrar que isso não acabou. Será submetido à Câmara Municipal de São Paulo e irá para os tribunais. Guilherme Boulos, deputado federal (PSOL-SP)

Boulos explicou a ausência de deputados da oposição durante a votação na Alesp e disse que a bancada deve entrar com um mandado de segurança para anular a sessão. Em entrevista ao UOL News nesta quinta (7), o deputado federal ressaltou que diversos países reviram processos de privatizações de serviços públicos e citou o caso da Enel como exemplo negativo por conta do apagão após fortes chuvas atingirem a região metropolitana de São Paulo em novembro.

[Os deputados estaduais] Ficaram sob pressão, vários deles com máscara. Isso gera um questionamento, que será judicializado, sobre se havia ou não condições de seguir a sessão ontem. A ausência dos deputados da oposição foi uma forma de denúncia das ilegalidades com que o processo foi tramitado na Assembleia. A definição que se teve entre os líderes da oposição foi de judicializar e entrar com isso, se possível, nas primeiras horas de hoje. Acredito que hoje será impetrado esse mandado de segurança.

Várias cidades do mundo reestatizaram o serviço de saneamento. Os investimentos previstos em contrato não foram efetivados e a tarifa aumentou. Em São Paulo, conhecemos o caso da Enel, que é a maior prova de que privatização não é sinônimo de eficiência. E a Sabesp é a maior prova de que uma empresa pública não é sinônimo de ineficiência. Esse debate está sendo tratado pelo governo Tarcísio de forma ideológica e rebaixada. Guilherme Boulos, deputado federal (PSOL-SP)

Sakamoto: Moro já é visto por colegas como "ex-senador em exercício"

Mesmo antes de haver uma decisão final sobre a possível cassação de Sergio Moro (União-PR), o ex-juiz já é tratado como "ex-senador em exercício" por seus colegas de Senado, afirmou o colunista Leonardo Sakamoto, que vê Moro isolado até pelo bolsonarismo, mesmo após se reaproximar de Jair Bolsonaro.

Tenho conversado com senadores da base do governo Lula e, em tom de ironia, eles se referem ao Moro como 'um ex-senador em exercício'. Em outras palavras, de forma caricatural, como um 'morto-vivo', um 'zumbi', como uma pessoa que está lá, mas em breve não estará. Como na política a percepção do poder vem do futuro e não necessariamente do presente, é uma situação um tanto quanto constrangedora. Leonardo Sakamoto, colunista do UOL

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