Sakamoto: Moro já é visto por colegas como 'ex-senador em exercício'
Mesmo antes de uma decisão final sobre a possível cassação de Sergio Moro (União-PR), o ex-juiz já é tratado como "ex-senador em exercício" por seus colegas de Senado, afirmou o colunista do UOL Leonardo Sakamoto.
Tenho conversado com senadores da base do governo Lula e, em tom de ironia, eles se referem ao Moro como 'um ex-senador em exercício'. Em outras palavras, de forma caricatural, como um 'morto-vivo', um 'zumbi', como uma pessoa que está lá, mas em breve não estará. Como na política a percepção do poder vem do contexto futuro e não necessariamente do presente, é uma situação um tanto quanto constrangedora. Leonardo Sakamoto, colunista do UOL
Sakamoto vê Moro isolado até pelo bolsonarismo, mesmo após se reaproximar de Jair Bolsonaro. Em participação no UOL News desta quinta (7) o colunista disse que as chances de o ex-juiz perder o mandato são grandes, pois há "elementos suficientes" para convencer o TSE de que a campanha do senador cometeu irregularidades.
O pessoal sabe que não adianta fazer planos de longo prazo com Moro, uma vez que a possibilidade de cassação é muito grande. Mesmo que o TRE dê ganho de causa a ele, quando isso subir [para o TSE] há uma chance enorme de o TSE cassá-lo, mesmo com mudança na presidência do tribunal.
Por mais que tenha havido esse retorno de ocasião na eleição, o bolsonarismo ainda é extremamente crítico ao Moro por tudo o que aconteceu. Ele saiu atirando em Bolsonaro, acusando o ex-presidente de interferir da Polícia Federal para salvar família e amigos, e foi xingado por ele. A ação no Paraná é movida pelo PT e pelo PL. Há muitos elementos que mostram que Moro se beneficiou da pré-campanha à Presidência da República. No Senado, Moro já é visto como um 'senador zumbi'. Leonardo Sakamoto, colunista do UOL
O que aconteceu?
Moro é acusado de abuso de poder econômico, caixa 2, uso indevido de meios de comunicação e contratos irregulares em sua campanha ao Senado. Caso haja condenação no TRE-PR, a chapa será cassada e Moro ficará inelegível por oito anos, mas o ex-juiz ainda pode recorrer ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Boulos: Tarcísio recusou diálogo e é responsável pela violência na Alesp
O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) afirmou que as cenas de violências registradas ontem na Alesp foram fruto da "falta de diálogo" do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) durante todo o processo que culminou na aprovação da privatização da Sabesp.
Não houve consulta à sociedade. Não há justificativa razoável para se conduzir a privatização da Sabesp, ainda mais de uma forma atropelada, sem diálogo, às escondidas, como o Tarcísio conduziu. O resultado da falta de diálogo foi o que vimos ontem. É importante lembrar que isso não acabou. Será submetido à Câmara Municipal de São Paulo e irá para os tribunais. Guilherme Boulos, deputado federal (PSOL-SP)
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