Após fraude filiar Lula ao PL, TSE inclui 2º fator para verificar filiações
O TSE incluiu um segundo fator de verificação no sistema de filiações após uma fraude filiar o presidente Lula (PT) ao PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro.
O que aconteceu
Atualização com a mudança no sistema será lançada em fevereiro. Segundo o TSE, todas as pessoas que operam o sistema com uso de senha passarão a utilizar também o e-Titulo para confirmar o acesso. Para isso, esses usuários precisarão estar com a biometria cadastrada na Justiça Eleitoral.
A autenticação de dois fatores é uma camada extra de proteção. Em outras situações, ela também pode ser feitas com códigos enviados por e-mail e SMS, ou ainda por um aplicativo específico de autenticação.
PF investiga falsa filiação de Lula
A corporação instaurou um inquérito policial para apurar o caso nesta sexta-feira (12). A investigação tramita em sigilo na Diretoria de Crimes Cibernéticos, informou a PF.
A investigação teve início após pedido do TSE, que notou claros indícios de falsidade ideológica. A Corte tomou conhecimento da suposta filiação de Lula ao partido de Jair Bolsonaro em 15 de julho de 2023.
Presidente do PL minimiza caso
Já se sabe que a filiação foi feita pelo login de Daniela Leite e Aguiar, advogada do PL. O TSE esclareceu que a alteração de qualquer filiação partidária só pode ser feita pelo próprio partido, "mediante um representante que acessa o sistema Filia com senha pessoal".
Valdemar Costa Neto, presidente do PL, minimizou o caso, que chamou de bobagem. Ele negou que a advogada tenha cometido crime eleitoral.
O ex-deputado federal levantou a possibilidade da filiação de Lula ter sido feita por algum hacker, o que foi desmentido pelo TSE. "O Filia funcionou normalmente, ou seja, não houve ataque ao sistema ou falha em sua programação. O que ocorreu foi o uso de credenciais válidas para o registro de uma nova filiação falsa".
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