Moraes prorroga inquérito das milícias digitais por mais 90 dias

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, prorrogou por mais 90 dias o inquérito das milícias digitais antidemocráticas. O despacho, assinado na sexta (19), atende a um pedido da Polícia Federal, que requisitou mais tempo para cumprir diligências.

Entenda o inquérito

A investigação foi aberta em 2021, após Moraes arquivar o inquérito dos atos antidemocráticos a pedido da Procuradoria-Geral da República. Desde então, a apuração tem sido prorrogada pelo ministro.

No inquérito das milícias, a PF investiga a atuação de um grupo que atenta contra o Estado Democrático de Direito. Os investigados fariam partes de diferentes núcleos, como de produção, financiamento e político.

Em outubro, Moraes autorizou o compartilhamento do relatório da CPMI dos atos golpistas, do Congresso, com o inquérito. No despacho, o ministro afirmou que os parlamentares apontaram as conexões das ações investigadas na comissão com os inquéritos em tramitação no Supremo, incluindo o das milícias digitais.

A lista inclui:

  • Procedimentos atentatórios à democracia adotado pelas milícias digitais;
  • Aparelhamento da Polícia Rodoviária Federal;
  • Desvirtuamento do órgão central de inteligência;
  • Ataques ao sistema eleitoral e ao TSE;
  • Tentativas de obstrução das eleições e, posteriormente, de rodovias;
  • Acampamentos golpistas e grupos paramilitares;
  • E os atos de 8 de janeiro de 2023.

"A ampla investigação realizada pela CPMI, portanto, analisou diversas provas e apontou conexões entre o objeto da comissão - Atos de 8 de janeiro de 2023 - e os INQs 4.781 (FAKE NEWS), 4874 (MILÍCIAS DIGITAIS), bem como conexão à PET 11108 (ABIN) e aos Inquéritos instaurados para apuração específica dos atos ocorridos no dia 8 de janeiro de 2023: INQs 4920, 4921, 4922 e 4923", escreveu Moraes, em outubro.

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