Valdemar deixa superintendência da PF após Moraes mandar soltá-lo
O ministro Alexandre de Moraes, do STF, mandou soltar Valdemar Costa Neto no final da tarde de hoje. O presidente do PL deixou a superintendência da PF horas depois, poucos antes das 22h.
O que aconteceu
Moraes concedeu liberdade provisória ao líder partidário hoje. Valdemar havia sido preso na última quinta-feira (8), durante operação da PF, por posse ilegal de arma de fogo.
O ministro disse que liberou Valdemar porque ele já tem 74 anos. Para Moraes, ainda havia motivos para a manutenção da prisão preventiva do presidente do PL, mas também pesou na decisão que Valdemar "não teria cometido os crimes com violência ou grave ameaça".
Arma foi encontrada na casa do presidente do PL em operação que apura suposta tentativa de golpe. Além do presidente do PL, a ação da PF mirou também o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ex-ministros e aliados dele.
Valdemar também tinha pepita de ouro oriunda do garimpo em sua residência. Por isso, ele é suspeito de usurpação de bem mineral da União, segundo investigadores da PF. A pepita pesa 39,18 gramas, tem 95,26% de grau de pureza e está avaliada em cerca de R$ 12 mil.
Presidente do PL estava em prisão preventiva
O cacique foi preso em flagrante pela PF, mas teve a prisão convertida para preventiva ontem. Na ocasião, Moraes também deferiu o pedido de vista dos autos ao advogado de Valdemar, Marcelo Bessa.
Defesa de Valdemar Costa afirmou que a arma é registrada e tem uso permitido. Segundo nota do advogado, ela "pertence a um parente próximo" e "foi esquecida há vários anos no apartamento dele". Sobre a pepita, Bessa disse que ela tem baixo valor e que ter a posse dela "não configura delito".
Advogado de Bolsonaro agradeceu Moraes
A defesa do ex-presidente prestou agradecimentos pela "compreensão" do ministro do STF. "Eu não tenho palavras para agradecer tantos amigos próximos e distantes que se mobilizaram para nos ajudar nesse momento desafiador. Foram horas seguidas no telefone, foram noites sem dormir, uma corrente de ações construtivas", disse o advogado Fabio Wajngarten.
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