Pepita de ouro encontrada com Valdemar é de garimpo, segundo a PF
A perícia da PF (Polícia Federal) constatou que o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, guardava em casa uma pepita de ouro oriunda de garimpo. A informação foi antecipada pelo jornal O Globo e confirmada pelo UOL.
Valdemar é suspeito de usurpação de bem mineral da União, segundo investigadores da PF. Ele foi preso em flagrante por posse ilegal de arma, mas também pela descoberta da pepita de ouro em sua casa.
Em nota, a defesa do presidente do PL disse que a pedra apreendida tem baixo valor e que "não configura delito". (leia mais abaixo)
O dirigente do partido de Jair Bolsonaro foi preso nesta quinta (8) durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão em sua residência em Brasília. Os agentes encontraram uma arma de fogo com registro irregular, que aliados alegam ser de seu filho.
A pedra de ouro apreendida tem por volta de 39 gramas. Logo depois de ser recolhido, o material foi encaminhado para análise da perícia. Na cotação atual do ouro, a pepita vale em torno de R$ 12 mil.
Um aliado de Valdemar diz que é comum garimpeiros doarem ouro de presente em encontros com autoridades. Segundo ele, a pedra teria pouco valor de mercado e objetivo da prisão seria "constrangê-lo".
Valdemar Costa Neto é sócio de um garimpeiro, Francisco Jonivaldo Mota Campos, coordenador do movimento "Garimpo É Legal" no estado do Amazonas. Segundo o site De Olho nos Ruralistas, Jonivaldo é filiado ao Partido Liberal desde 2007.
O que diz a defesa
A defesa de Valdemar alega que "não há fato relevante algum" na localização da pedra. Também afirma que a arma encontrada na casa dele "é registrada, tem uso permitido", pertence a um parente próximo e "foi esquecida há vários anos no apartamento dele".
Em outras palavras: como pode alguém ser detido por ser portador de uma pedra guardada há anos como relíquia e que segundo a própria auditoria da Polícia Federal vale cerca de 10 mil reais?
Nota da defesa de Valdemar Costa Neto
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