Ato de Bolsonaro na Paulista é 'idealizado' por Malafaia, diz Wajngarten
Fabio Wajngarten, advogado e assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), disse, em entrevista coletiva nesta quinta-feira (15), que o ato marcado na Avenida Paulista é "idealizado" pelo pastor evangélico Silas Malafaia.
O que aconteceu
Wajngarten também afirmou que o evento é "organizado a muitas mãos". "De antemão, agradeço o empenho do pastor, a ideia, a lealdade", afirmou.
Malafaia disse que o ato, marcado para o próximo dia 25, será "pacífico". "Acreditamos que todos os nossos eventos são pacíficos e com o mote de que nós estamos defendendo o Estado Democrático de Direito". O pastor acrescentou que a manifestação é em defesa da "liberdade de todo o povo brasileiro".
O pastor evangélico afirmou que a Associação Vitória em Cristo, que faz parte do seu grupo religioso, financiará o ato. "Não tem recurso de político, caixa 2, de onde quer que seja. Estamos amparados legalmente para fazer esse ato de manifestação", acrescentou. A entidade alugou um trio elétrico para o evento.
Bolsonaro se reuniu com Malafaia para definir detalhes da manifestação nesta quinta-feira (15). Na reunião, também estiveram presentes Fábio Wajngarten e o deputado federal Zucco (PL-RS).
Um ofício sobre a manifestação foi enviado à prefeitura de São Paulo pela entidade do pastor no último dia 10. Uma solicitação de policiamento para o ato foi encaminhada à PM-SP (Polícia Militar de São Paulo).
Em nota, a Secretaria da Segurança Pública disse que o planejamento para a segurança do ato será feito na próxima semana. A prefeitura informou em nota que "não cabe a ela a liberação da manifestação", mas que, sendo mantida, "tomará as medidas necessárias para minimizar os impactos à população".
A previsão de público apontada pela entidade religiosa para o evento nomeado "Em favor da democracia" é de 300 mil manifestantes.
Operação da PF
A manifestação é organizada após a Polícia Federal deflagrar na última quinta-feira (8) a Operação Tempus Veritatis, cuja tradução no latim é "hora da verdade". A ação mira uma suposta organização criminosa que tentou dar golpe para manter Bolsonaro na Presidência.
O ex-presidente foi um dos alvos da operação. Os agentes foram à casa do ex-presidente em Angra dos Reis (RJ) para recolher o passaporte dele. Como o documento não estava no local, foi dado o prazo de 24 horas para a entrega. O passaporte foi apreendido no início da tarde, em Brasília.
A operação ocorreu com base na delação do tenente-coronel Mauro Cid e em outras provas coletadas pela PF ao longo da investigação.
No dia seguinte à operação, o ministro Alexandre de Moraes retirou o sigilo de um vídeo apreendido. Na gravação, Bolsonaro diz, sem provas, que haveria um acordo secreto do Tribunal Superior Eleitoral que "estaria passando por cima da Constituição. "Eu vou entrar em campo usando o meu Exército, meus 23 ministros", diz.
*com informações do Estadão Conteúdo
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