Conteúdo publicado há 10 meses

Bolsonaro ficará em silêncio até ter acesso a mensagens de Cid, diz defesa

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) diz que ele vai ficar em silêncio em depoimento à PF até ter acesso a todas as mensagens coletadas pela corporação durante as investigações. Nessas mensagens também estão conversas recuperadas do celular do tenente-coronel Mauro Cid.

O que aconteceu

Os advogados de Bolsonaro dizem que querem acesso a todos os elementos da investigação da PF. Eles afirmam que o ex-presidente não vai dar nenhuma declaração até que as informações dos autos sejam compartilhadas.

A defesa afirma que o ex-presidente vai colaborar, mas só depois da "preservação da amplitude do direito à ampla defesa". Para ela, esse direito de Bolsonaro "está sendo tolhido pelo represamento de elementos cruciais para a compreensão dos fatos".

Dessa forma, em decorrência da falta de acesso a todos os elementos de prova, o Peticionário opta, por enquanto, pelo uso do silêncio, não abdicando de prestar as devidas declarações assim que tiver conhecimento integral dos elementos.
Advogados de Bolsonaro

Defesa de Bolsonaro também quer adiar depoimento

O ex-presidente foi intimado para depor na PF no próximo dia 22. No início da tarde de hoje (19), a defesa de Bolsonaro pediu ao ministro Alexandre de Moraes que adie o depoimento neste momento. Na semana retrasada, Bolsonaro, ex-ministros e militares do antigo governo foram alvos de uma operação da PF, por suspeita de tramarem um golpe para mantê-lo na Presidência.

Outros alvos da operação como o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e o ex-ministro e candidato a vice na chapa de Bolsonaro, general Braga Neto, também foram intimados a depor nesta semana.

Bolsonaro entregou passaporte à PF

A entrega foi feita após o ex-presidente ser alvo de operação da PF na semana passada. A PF saiu às ruas para cumprir mandados contra um grupo que teria planejado um golpe após as eleições que deram vitória a Lula. Bolsonaro foi alvo de mandados de busca e apreensão.

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Os agentes foram até a casa de Bolsonaro em Angra dos Reis (RJ) para recolher o passaporte. Como o documento não estava no local, foi dado o prazo de 24 horas para a entrega. Esse prazo foi cumprido pelos advogados do ex-presidente, que o entregaram na sede do PL, em Brasília.

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