Conselho de Ética recebe pedido de cassação de Chiquinho Brazão

O Conselho de Ética da Câmara recebeu, hoje, o pedido de cassação de mandato do deputado Chiquinho Brazão. Ele está preso por suspeita de mandar matar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes.

O que aconteceu

A bancada do PSOL na Câmara protocolou a representação contra o parlamentar. O presidente do Conselho de Ética disse ao UOL que vai abrir o processo na segunda semana de abril.

O relator da ação será escolhido por sorteio. Apenas dois deputados do PSOL fazem parte do Conselho de Ética.

Brazão foi preso no domingo por ordem do ministro do STF Alexandre de Moraes, assim como seu irmão Domingos Brazão e o ex-delegado da Polícia Civil Rivaldo Barbosa.

Ele foi expulso por unanimidade do União Brasil no mesmo dia em que foi preso. A decisão foi tomada pela Executiva nacional da sigla em reunião virtual.

A análise sobre o pedido de prisão do deputado foi suspensa na CCJ. O deputado federal Gilson Marques (Novo-SC) pediu mais tempo para ver o caso.

O adiamento da discussão será pelo prazo de duas sessões do plenário. Com o feriado de Páscoa e a janela partidária que termina na próxima semana, a votação deve acontecer perto do dia 10 de abril. Brazão permanece preso até a votação na Câmara ou nova decisão do STF.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que o caso é "sensível" para todos. O deputado, no entanto, sinalizou que não deve adiantar o processo de análise da prisão.

Não há nenhum prejuízo para o processo, a investigação e qualquer tipo de coisa, porque todo o tempo que transcorrer é em desfavor do réu ou do parlamentar, que continuará preso até que o plenário da Câmara se posicione em votação aberta.
Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados

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