Josias: Depoimento de jornalista dos EUA sujeita Senado ao ridículo
Ao convidar o jornalista norte-americano Michael Shellenberger, que acusa Alexandre de Moraes de uma suposta interferência no X (antigo Twitter), o Senado brasileiro se sujeita a fazer papel de ridículo, afirmou o colunista Josias de Souza no UOL News desta quinta (11).
Esse depoimento do Michael Shellenberger sujeita o Senado ao ridículo. Essa divulgação promovida por esse jornalista, o 'Twitter Files', está escorada em uma mentira.
Se você chama e dá crédito a uma pessoa a partir de informações que ela divulgou e levou às redes sociais e que são escoradas em uma mentira, corre-se o risco de passar por ridículo. É o que acontece com o Senado. Josias de Souza, colunista do UOL
Josias destacou que as acusações feitas por Shellenberger foram usadas por bolsonaristas como combustível para intensificar as críticas a Moraes, mesmo sem checar a veracidade das informações divulgadas pelo jornalista.
Ele diz, basicamente, que Moraes ameaçou processar criminalmente o advogado do Twitter no Brasil. Isso é mentira, simples assim. Quem travou um embate com esse advogado foi o Ministério Público de São Paulo. Pode-se dizer muita coisa de Moraes, mas nesse caso a informação é mentirosa.
Ele jogou gasolina no bolsonarismo, que cavalga essa história do 'Twitter Files'. O próprio Eduardo Bolsonaro menciona isso à farta nas redes sociais como se estivesse lidando com algo palpável, concreto. E não é; é vento, baseado em mentira. O Senado corre o risco de fazer papel de ridículo e já o está fazendo. Josias de Souza, colunista do UOL
Jornalista recua e diz não ter provas
Shellenberger disse que não tem provas do suposto processo criminal. "Isso está incorreto", escreveu em post no X nesta quinta-feira (11).
Na verdade, o processo se referia uma ação do Ministério Público de São Paulo. Segundo um documento publicado pela advogada Estela Aranha, ex-secretária do Ministério da Justiça, para rebater o jornalista, a ação pedia acesso a dados cadastrais para prender uma liderança do PCC.
Porém, Michael Shellenberger diz que os arquivos do chamado "Twitter Files Brasil", como ficou conhecido os textos publicados por ele, são precisos. "No texto acima eu inadvertidamente misturei a exigência de Moraes de desmascarar as identidades das pessoas que usaram essas hashtags com casos diferentes. Lamento o erro e peço desculpas pelo meu erro".
CORREÇÃO: Acima escrevi: "Alexandre de Moraes e outros funcionários do governo ameaçaram processar criminalmente o advogado do Twitter no Brasil se ele não entregasse informações *privadas* e *pessoais*..."
-- Michael Shellenberger (@shellenberger) April 11, 2024
Isso está incorreto. Não tenho provas de que Moraes tenha ameaçado?
O que aconteceu
Jornalista americano que divulgou Twitter Files Brazil foi convidado a comissão do Senado. O convite partiu do senador bolsonarista Magno Malta (PL-ES). Michael Shellenberger participa hoje de audiência na Comissão de Comunicação e Direito Digital no Senado.
Shellenberger divulgou um documento chamado "Twitter Files Brazil". Nele, estão reunidas trocas de mensagens de funcionários do X no Brasil que apontariam uma suposta interferência de Moraes na empresa. As acusações serviram como pano de fundo no embate entre o empresário Elon Musk e o ministro do STF.
Sakamoto: Jornalista dos EUA faz circo voltado ao ataque de instituições
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Quero receberAs insinuações de que Alexandre de Moraes quis interferir no X (antigo Twitter) fazem parte de um circo montado pelo jornalista norte-americano Michael Shellenberger para atacar as instituições brasileiras, afirmou Leonardo Sakamoto.
O que esse ativista divulgou acaba sendo útil simplesmente para atacar o governo. Mas se você cavar um pouco, não encontrará nada com um pouco mais de substância. A divulgação desses documentos serviu tanto como um ataque de Elon Musk contra o TSE quanto para a extrema-direita usar esse jornalista para um ataque no Congresso. O que vemos é um circo voltado ao ataque das instituições políticas nacionais usando informações que não se mostraram fortes. Leonardo Sakamoto, colunista do UOL
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