Relação de Lula com as Forças Armadas está 'normalizada', diz chefe do GSI

O ministro-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), general da reserva Marcos Antônio Amaro, afirma que as Forças Armadas têm uma relação de "respeito e subordinação" ao presidente Lula (PT). O militar deu entrevista à revista Veja.

O que aconteceu

Amaro disse que a relação do presidente com as Forças Armadas está "normalizada". "Há uma relação de respeito e subordinação ao presidente da República, que é o comandante supremo das Forças Armadas, e não poderia ser diferente. A segurança tem de ser impessoal. Seja o presidente de um partido ou de outro partido, o agente que vai servi-lo vai se postar na frente para tomar um tiro no lugar da autoridade, se necessário for", afirmou o chefe do GSI.

Para o chefe do GSI, casos de militares que apoiaram um golpe em 2022 foram "isolados". Na avaliação de Amaro, as Forças Armadas, como instituição, nunca tiveram intenção de derrubar o governo de Lula. "Agora, se alguém tinha simpatia, é uma questão pessoal que está sendo apurada", afirmou o general.

A respeito de eventuais novos ataques, como o 8 de janeiro de 2023, Amaro é mais cuidadoso. O general avalia que há "excesso de retórica" nos que dizem ter certeza que outro ato golpista não ocorrerá. Ele afirma que não vê a possibilidade de novos ataques como os de Brasília em um "horizonte de tempo razoável". "Ficou bastante caracterizado que esse tipo de atitude não será tolerado e terá repercussões muito sérias, gerando um efeito pedagógico, sem dúvidas."

Lula diz que 'nem passa pela cabeça' alterar aposentadoria de militares. A coluna de Carla Araújo, no UOL, noticia hoje que os comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica já foram avisados: o governo Lula (PT) não tem a intenção de mexer na aposentadoria dos militares. O recado foi transmitido pelo ministro da Defesa, José Múcio, a pedido do presidente.

Amaro substituiu ex-GSI filmado no 8/1. O general Gonçalves Dias foi gravado conversando com invasores durante ataques em Brasília. As imagens foram capturadas por câmeras do circuito interno do Palácio do Planalto. Após a divulgação dos vídeos, GDias pediu demissão a Lula. O ex-GSI disse que chegou ao Planalto quando manifestantes já tinham entrado. A versão dele foi a de que estava auxiliando na prisão de bolsonaristas. Nas imagens, o general também apareceu fechando portas, momento que, segundo ele, ele estava verificando se houve depredação em uma sala ao lado do gabinete presidencial.

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