Tráfico de drogas e INSS: quem é Dona Fátima, julgada por atos golpistas
Maria de Fátima Mendonça Jacinto Souza, conhecida como "Dona Fátima de Tubarão", vai ter julgamento finalizado nesta sexta-feira (9) no STF (Supremo Tribunal Federal).
Dona Fátima é acusada de participar dos ataques golpistas de 8 de janeiro, e foi presa originalmente no fim de janeiro de 2023, durante a Operação Lesa Pátria. O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, foi o primeiro a votar, manifestando-se a favor da condenação de Fátima a 17 anos de prisão. A defesa de Fátima diz que recorrerá, em caso de condenação.
Quem é Dona Fátima de Tubarão
Maria de Fátima Mendonça Jacinto Souza apareceu em vídeos virais que mostravam invasores das sedes dos três Poderes, em Brasília, em 8 de janeiro.
"Dona Fátima, de Tubarão, Santa Catarina, de 67 anos, tá quebrando tudo!", diz um homem em uma das gravações. Ela, então, responde a ele: "Vamos para a guerra, vou pegar o Xandão agora!", em uma referência ao ministro do STF Alexandre de Moraes.
Fátima de Tubarão disse em uma troca de mensagens na época que estava "cagando nessa bosta aqui". Em outra, ela afirmou que "cagou" no "vaso do Xandão".
Ela está sendo acusada pelos seguintes crimes: golpe de estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, associação criminosa armada, deterioração de patrimônio tombado e dano qualificado. O placar de votação para condenação da ré está 7 a 0 (faltam quatro ministros votarem).
Antes do envolvimento nos atos golpistas, "Dona Fátima" já tinha antecedentes criminais. Ela tem uma condenação por tráfico de drogas, com envolvimento de menor, no ano de 2014.
Uma reportagem do programa Fantástico, da Globo, informou que "Dona Fátima" tentou enganar o INSS (Instituto Nacional de Seguro Social) para receber um benefício. Ela também foi alvo de uma investigação por documentos falsos.
Em caso de condenação, o escritório de advocacia Folle & Falchetti, que representa Fátima, diz que irá "esgotar todos os recursos previstos no âmbito do regimento interno do STF" e que não descarta recorrer à Corte Interamericana de Direitos.
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