Concessionária de SP indicou só caixão de luxo para obeso, acusa vereadora
Responsável por cinco cemitérios em São Paulo, o Grupo Maya indicou somente um caixão de luxo para uma família, porque o falecido era obeso, de acordo com a vereadora Silvia da Bancada Feminista (PSOL). A empresa nega.
O que aconteceu
O caixão oferecido custava R$ 2.960,73, afirmou a vereadora em reunião realizada nesta quarta-feira (13) na Câmara Municipal. Na situação em questão, o problema estaria no fato de não terem sido oferecidas opções alternativas ao usuário do serviço funerário da cidade.
CEO da concessionária nega irregularidades. "Apresentamos os tipos de urna e, para todos os tipos, existe um tamanho para obesos", afirmou Ricardo Gontijo.
Concessionária está à frente do serviço há um ano e oito meses. Ao todo, a empresa afirma ter investido R$ 192 milhões nos cinco cemitérios sob sua responsabilidade: Campo Grande, Lapa, Lajeado, Parelheiros e Saudade (São Miguel Paulista). O contrato vai até 2027.
Falas aconteceram durante reunião da Comissão de Política Urbana, Metropolitana e Meio Ambiente da Câmara. Desde segunda-feira (11), a comissão recebeu representantes de concessionárias que cuidam do sistema funerário municipal para prestarem esclarecimentos.
Grupo Maya cobrou R$ 12 mil para enterrar recém-nascido. O episódio, ocorrido no Cemitério da Saudade, na zona leste de São Paulo, chamou atenção porque o valor cobrado é diferente do estabelecido pelo contrato firmado entre a empresa e a prefeitura.
Concessão de cemitérios foi alvo de críticas durante a campanha eleitoral. Em diferentes momentos, Guilherme Boulos (PSOL) e outros candidatos cobraram esclarecimentos ao prefeito Ricardo Nunes (MDB) devido às suspeitas de aumento de preços e outros problemas.
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