Ele disse que foi a Brasília a passeio, afirma irmã do autor das explosões

Francisco Wanderley Luiz, o homem que detonou bombas na praça dos Três Poderes, em Brasília, dizia à família ter ido a Brasília a passeio, de acordo com sua irmã, Maria Irlete Luiz.

O que aconteceu

Ao UOL, ela se diz "surpresa" com os atos praticados pelo irmão. Wanderley Luiz era de Rio do Sul (SC) e havia se mudado para Brasília há cerca de quatro meses. Dizia a Maria que a intenção era passear com um de seus filhos.

A mulher afirma estar chocada com a situação. Em conversa ao telefone, disse nunca ter imaginado que seu irmão estivesse envolvido no caso.

Wanderley Luiz era chaveiro em Rio do Sul. Em 2020, foi candidato a vereador na cidade pelo PL, mas não se elegeu. Nas redes sociais, postou mensagens de ódio e com ameaças pouco antes das explosões.

Material de campanha de Francisco Wanderley Luiz, também conhecido como Tiu França
Material de campanha de Francisco Wanderley Luiz, também conhecido como Tiu França Imagem: Reprodução/Tiü França no Facebook

Investigação da Polícia Federal

Wanderley Luiz morreu na noite de ontem após arremessar um explosivo contra o prédio do STF e detonar outro em si mesmo. Antes, ele também explodiu uma bomba em seu carro, perto da Câmara dos Deputados.

O homem estava portando artefatos feitos de forma artesanal, segundo o diretor-geral da PF, Andrei Passos Rodrigues. O "poder de lesibilidade", porém, era alto. Ele também portava um extintor de incêndio que simulava um lança-chamas. As investigações vão apontar de que materiais foram feitas as bombas.

O alvo era Alexandre de Moraes, diz ex-mulher. À PF, Daiane Dias afirmou o chaveiro teria dito que o plano dele era matar o ministro do STF.

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O caso é investigado pela Polícia Federal como atentado terrorista e ataque ao Estado Democrático de Direito. O inquérito está sob sigilo.

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Imagem: Arte/UOL

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