Tales Faria

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PT não aceita acordo de Lira com o PL para aprovação da anistia a Bolsonaro

O líder do PT na Câmara, Odair Cunha (MG), disse à coluna que a derrubada da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) de anistia aos envolvidos no golpe de 8 de Janeiro de 2023 "é crucial para o partido".

Se condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) seria beneficiado pela anistia junto com todos aqueles que depredaram prédios da Praça dos Três Poderes.

O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, declarou à colunista do UOL Raquel Landim que pressionará o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), a "colocar em votação" a PEC.

O líder do PL na Câmara, Altineu Cortês (RJ), também tem dito que só apoiará o candidato de Lira à sua sucessão no comando da Casa se for colocado em pauta o projeto de anistia.

Nos bastidores — ou seja, ainda não oficialmente — o candidato de Lira é o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB).

O problema para Lira e o PL é que o PT é considerado o fiel da balança na escolha do futuro presidente da Câmara. O partido até admite apoiar Motta, mas com a garantia de que a PEC não será aprovada. A eleição ocorrerá em fevereiro.

Para o PT, ou o atual presidente da Câmara se compromete a arranjar votos para derrubar o texto em plenário definitivamente, ou o partido irá negociar com um candidato à sucessão de Arthur Lira que o projeto nem entre em pauta.

O presidente da Câmara disse ao PT que "resolverá o problema". Mas se ele ou Hugo Motta não derem garantia da derrubada da anistia, a bancada fechará apoio a quem se comprometer a não colocar o tema em votação.

Nesse caso, o poio do PT iria para os adversários de Motta na disputa pelo comando da Câmara. São eles, o líder do União Brasil, Elmar Nascimento (BA), e o líder do PSD, Antonio Brito (BA).

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Os dois líderes têm acordo de apoio mútuo na eleição àquele que se sair melhor do primeiro turno da disputa. Ambos já até prometeram ao PT a vice-presidência da Casa.

Reportagem

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