Raquel: Números de Lula em queda mostram influência de crises sucessivas
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A popularidade em queda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) revela a influência de crises sucessivas enfrentadas pelo governo nos últimos meses, opinou a colunista Raquel Landim no UOL News, do Canal UOL, nesta sexta-feira (14).
Você tem crises sucessivas pelas quais passou o governo, principalmente a crise do Pix, que foi uma crise totalmente fabricada, uma crise de fake news.
Raquel Landim, colunista do UOL
Nesta sexta, o Datafolha divulgou a última pesquisa na qual mostra que a aprovação de Lula desabou em dois meses: de 35% para 24%. Esse patamar é considerado o mais baixo do petista em suas três passagens pelo Palácio do Planalto. A reprovação também é recorde: foi de 34% para 41%.
A crise do Pix bateu muito no Nordeste —principalmente a classe média baixa mais empreendedora, que ficou muito sujeita a essa fake news do Pix. Então, muita gente atribui a queda de popularidade do Lula particularmente no Nordeste e à crise que aconteceu com o Pix.
Outro fator que também ajuda, e que está no cerne da queda de popularidade, atinge diretamente os mais pobres, é o aumento do preço dos alimentos. A inflação é particularmente dolorida para os pobres. E isso acaba batendo diretamente no governo. Vale ressaltar que, no caso do preço dos alimentos, a responsabilidade do governo é direta. O presidente Lula tem alguma responsabilidade quando você olha pela questão do câmbio, pelas declarações infelizes que ele deu lá atrás, pela dificuldade do governo de fazer o ajuste fiscal. Raquel Landim, colunista do UOL
No Canal UOL, Raquel disse que a comunicação do governo não soube reagir às crises.
A comunicação do governo não soube reagir [na questão do Pix], e você ainda tem a crise do preço dos alimentos — onde as pessoas estão sentindo isso na pele, mas é claro que ela é amplificada pelo que acontece nas redes sociais. Então, a gestão disso na comunicação com o governo também faz muita diferença. E, por cima, dessas crises e de uma comunicação com o governo que era muito ruim, é uma comunicação que não sabia atuar nas redes sociais.
Então, são vários pontos que estão muito complicados para o governo. A questão da comunicação é, sim, crucial e, às vezes, parece desculpa para um governo que não possui propostas.
Raquel Landim, colunista do UOL
Sidônio Palmeira, responsável pela campanha eleitoral de 2022, assumiu em janeiro o comando da Secom (Secretaria de Comunicação Social) no lugar do ministro Paulo Pimenta. O publicitário foi alçado ao cargo em meio a uma reestruturação da comunicação do governo, que vinha sofrendo críticas devido à falta de habilidade ao reagir a determinadas crises.
José Aníbal: 'Prefeito Ricardo Nunes é um ingrato'
No UOL News, o ex-senador José Aníbal, presidente do PSDB de São Paulo, rebateu as críticas do prefeito Ricardo Nunes (MDB) e o chamou de "ingrato" e um "erro grave".
O prefeito é um ingrato, porque ele só está onde está porque o Bruno [Covas] o fez dele seu vice. Aliás, foi um erro grave. Já no primeiro, na primeira ocupação dele na prefeitura [de São Paulo], a gente percebia muitos erros, muitas dificuldades, e isso só se agravou agora, com ele assumindo esse segundo mandato. José Aníbal, presidente do PSDB de São Paulo
Nesta quinta-feira (13), Nunes fez críticas ao desempenho do partido nas últimas eleições e disse, em entrevista à RedeTV!, que a sigla precisa se reestruturar. Para isso, ele sugeriu retirar a "turma" que hoje está no comando. O prefeito afirmou ainda ser contra a possível fusão entre o MDB e o PSDB, discutida nos bastidores.
Nunes foi eleito em 2020 como vice-prefeito na chapa de Bruno Covas (1980 - 2021). Assumiu o comando da maior cidade do País um ano depois, devido à licença de Covas para tratamento de câncer. Foi reeleito em 2024 em meio a polêmicas e denúncias de corrupção.
Assista ao trecho no vídeo abaixo:
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