Ex-candidata do PSOL presa por porte de brigadeiro com maconha é solta

A ex-candidata a vereadora por São Paulo Brunella Hilton (PSOL) foi solta após ser presa no último dia 2 por porte de maconha.

O que aconteceu

A Justiça de São Paulo concedeu liberdade provisória para Brunella. "Considerando a primariedade da ré, e tendo em vista tratar-se de imputação relativa apenas a maconha, e não drogas mais graves, e em quantidades não tão elevadas. Assim, concedo à ré a liberdade provisória, mediante compromisso de comparecimento a todos os atos do processo, mesmo virtuais, bem como manter endereço e meios de contato (telefone e email) atualizados nos autos", diz a decisão.

Ex-candidata foi presa em flagrante por vender brigadeiros contendo maconha, segundo a SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo). Ela estava detida no CDP (Centro de Detenção Provisória) ll Pinheiros.

Venda do brigadeiro com maconha foi enquadrada como tráfico de drogas, de acordo com Secretaria de Segurança Pública. Foram apreendidas 800 gramas do doce, diz a pasta. O peso inclui todos os ingredientes, não só a maconha.

Laudo da perícia não atestou a quantidade de drogas em cada brigadeiro, segundo a defesa. No inquérito, é citado que uma amostra de dois gramas foi retirada para análises em um dos 98 brigadeiros. O STF definiu no ano passado que a quantidade de 40 gramas de maconha é o máximo permitido para que uma pessoa seja considerada usuário de drogas e não traficante.

Defesa diz ainda que Brunella teve nome social (Bruna) desrespeitado. O advogado Roberto Guastelli reclamou que a distribuição do processo está com o nome de Bruno, nome de Brunella antes da transição. "Deverá ser retificada a distribuição do presente processo para Bruna Rocha Ferreira, bem como expedido ofício ao sistema prisional para que sejam resguardados os direitos da pessoa —mulher trans colocada em cela juntamente com outras mulheres."

O laudo não apontou quanto teria de drogas em cada doce. Não se pode presumir a quantidade apontada no laudo para todos os bombons, pois deveria ter sido feita a análise de cada brigadeiro.
Roberto Guastelli, advogado de Brunella

Mãe achou que ex-candidata estava desaparecida

Eunice Chagas, que vive em Minas Gerais, afirmou na semana passada que não tinha sinal da filha desde 28 de fevereiro. "Simplesmente parou de mandar fotos. Parou de dar notícias. Parou de postar foto. Um amigo dela me ligou e falou que não conseguia falar com ela", disse ela ao UOL.

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Família fez boletim de ocorrência no sábado e disse que não foi informada de que Brunella foi presa no último dia 2. De acordo com o advogado Guastelli, não foi achado nada no registro policial de Brunella quando o boletim de ocorrência de desaparecimento foi feito.

9 comentários

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Pedro Geraldo Zotovic I

ainda bem que ela não pixou o muro com baton,,,,,,

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Denilson Fernandes da Silva

Brunella era nome de confeitaria, doces de excelente qualidade, foram usar pra nomear traficante e travesti.....

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Eduardo Aparecido Dini

Se um brigadeiro tinha 2g, os 98 teriam 196g, praticamente 4 vezes o absurdo porte para usuário. Acho que foi liberta por ser do Psol, aí pode a vontade. 

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