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Médico cubano diz que apoiar o governo de Cuba é sujar as mãos de sangue

Do UOL, em São Paulo

04/09/2013 13h45

O DEM convidou o médico cubano Carlos Rafael Jorge Jiménez, que fugiu da ilha e, há três anos, trabalha como médico da família no Ceará, também para falar na comissão que está discutindo o Programa Mais Médicos nesta quarta-feira (4). Jiménez frisou que Cuba é a última ditadura na América e afirmou que apoiar esse tipo de governo é sujar as mãos de sangue.

  • Arte UOL

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“Chega de apoiar o governo dos Castro (Fidel e Raúl Castro). Quem apoia, suja suas mãos de sangue. Lembrem que os médicos não vêm só por solidariedade, mas para também ajudar suas famílias”, declarou.

“O ministro [Alexandre Padilha] falou da democracia em Cuba. Não há democracia, mas uma ditadura. Em segundo lugar, os médicos cubanos não vêm fazer pós-graduação, são especialistas, ótimos médicos meus colegas cubanos”, comentou Jiménez.

Há 12 anos no país e já naturalizado, Jiménez admitiu que não é contra o programa Mais Médicos, pois o país realmente precisa de mais profissionais. Ele ainda revelou que os cubanos já estavam preparados há mais de um ano para vir ao Brasil.

“Cubanos não precisam ter vínculo empregatício aqui pois têm lá, onde trabalham de 60 a 70 horas, e ganham entre 60 e 70 reais. É uma vergonha”, declarou.  Ele acrescentou que quando os médicos vêm para cá, ficam felizes, pois ganharão entre 200 e 300 dólares.

“O resto o patrão, o explorador, o governo cubano, os irmãos Castro, a ditadura cubana fica com ele. O governo Dilma está apoiando isso. Por que eles não vêm como os outros? Porque não podem, porque há um convênio”, afirmou emocionado.

Onde falta médico, faltam dentistas e enfermeiros, mostra pesquisa

A concentração de médicos nos grandes centros acompanha a de outros profissionais de saúde, como dentistas e enfermeiros, e a de unidades de saúde. Onde falta um, faltam os outros.

É o que o mostra um recorte da pesquisa Demografia Médica no Brasil, que se baseou em dados da AMS (Assistência Médico-Sanitária) do IBGE, que conta os postos de trabalho ocupados por profissionais de saúde