Homem com ebola foi liberado de hospital dos EUA por dois dias
O homem diagnosticado com ebola nos Estados Unidos já havia sido atendido no Hospital Presbiteriano do Texas, em Dallas, e liberado mesmo após informar que vinha da Libéria --país mais afetado pelo ebola-- e ter sido medicado com antibióticos. Depois de dois dias em casa, ele retornou ao centro médico, onde foi isolado e encontra-se em estado grave. As informações foram dadas pelo próprio hospital.
O paciente identificado como Thomas Eric Duncan, e teria cerca de 40 anos, foi internado em uma unidade de isolamento do hospital de Dallas no domingo (28), mas havia ido ao hospital na sexta-feira (26). Não se sabe sua nacionalidade, nem como contraiu o vírus.
O governador do Texas, Rick Perry, afirmou que o homem teve contato com crianças em idade escolar antes de ser confinado. As crianças já foram identificadas e estão em observação em suas casas.
O número de mortos no pior surto de ebola já registrado chegou a 3.338 pessoas, em 7.178 casos na África Ocidental até 28 de setembro, informou a Organização Mundial da Saúde nesta quarta-feira (30). Libéria, Guiné, Serra Leoa vivem surtos da doença, que já chegou também na Nigéria, país mais populoso da África.
Segundo Edward Goodman, epidemiologista do Hospital Presbiteriano do Texas, no primeiro atendimento os sintomas apresentados pelo paciente "não eram definitivos" para o ebola.
"Ele foi avaliado por sua doença, que estava muito indefinida. Ele fez alguns testes laboratoriais, que não se mostraram muito impressionantes, e foi liberado com alguns antibióticos", disse à Public Nation Radio.
Depois do isolamento, testes laboratoriais feitos em Austin e confirmados pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC, na sigla em inglês), em Atlanta, confirmaram que o paciente tinha contraído o vírus ebola.
Homem avisou hospital que vinha da Libéria
Mark Lester, vice-presidente executivo do hospital de Dallas, admitiu que o paciente informou ao hospital que vinha da Libéria e lamentou que a informação não tenha sido usada como alerta.
"Ele contou que tinha vindo da África, em resposta à enfermeira que fez essa pergunta em uma lista de verificação", disse. "Infelizmente essa informação não foi comunicada a toda a equipe".
As autoridades americanas estão sendo questionadas sobre por que o paciente não foi isolado imediatamente quando chegou ao hospital do Texas.
A cidade de Dallas ativou seu Centro de Operações de Emergência e informou estar avaliando entre 12 e 18 pessoas as quais o paciente confirmou ter tido contato no país.
Os três paramédicos que estavam na ambulância que trouxe o paciente para o hospital apresentaram teste negativo para ebola. Eles estavam em quarentena e foram mandados para casa, onde ainda continuarão sendo avaliados por três semanas.
EUA prometem evitar disseminação da doença
"Eu não tenho dúvida de que vamos controlar este caso de ebola para que ele não se espalhe amplamente neste país", disse.
O diretor do CDC enfatizou que o paciente não estava doente no momento da partida da Libéria ou no momento da chegada aos EUA, já que o vírus só pode ser transmitido por alguém que apresente sintomas da doença. Por isso, ele afirmou que não há risco de o vírus ter se espalhado no avião.
"Não há risco zero de transmissão no voo", disse Frieden. "Ele estava marcada para a febre antes de embarcar no voo."
Frieden disse que familiares e amigos do homem infectado, assim como os funcionários de saúde que o trataram primeiramente, estão sendo monitorados.
Hospitais dos EUA receberam cinco infectados
Outros quatro americanos foram infectados pelo ebola na África e repatriados para receberem tratamento.
Um médico americano que trabalhava como voluntário em Serra Leoa foi internado para tratamento de uma unidade de isolamento do Instituto Nacional de Saúde, em Bethesda, Maryland, no domingo (28).
O Hospital da Universidade de Emory, em Atlanta, recebeu um médico americano infectado com o vírus na mesma unidade de isolamento onde os missionários Nancy Writebol e Dr. Kent Brantly foram tratados em agosto. Os três já receberam alta e estão clinicamente curados. Mas devem passar por exames e serem observados no futuro.
(Com jornais internacionais)
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