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Coronavírus: militares também vão ficar em quarentena após viagem à China

Hanrrikson de Andrade

Do UOL, em Brasília

05/02/2020 09h35

Devido ao risco de contaminação pelo novo coronavírus, os militares empregados no resgate dos brasileiros isolados na China também vão ficar em quarentena após o retorno ao Brasil. A informação foi confirmada hoje pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Dois aviões da FAB (Força Aérea Brasileira) saem nesta tarde de Brasília em direção a Wuhan, cidade que é o epicentro da epidemia de coronavírus no país asiático. O objetivo é resgatar um grupo de dezenas de brasileiros —o número exato não foi confirmado oficialmente. Cada aeronave, modelo Embraer 190, tem capacidade para 36 lugares.

Os aviões farão escala em Fortaleza (CE), Las Palmas (Espanha), Varsóvia (Polônia) e Urumqi (China) e devem chegar a Wuhan na próxima sexta-feira (7). A previsão inicial de regresso das aeronaves é para sábado (8) na base aérea de Anápolis (GO), onde os brasileiros, incluindo os militares, devem ficar 18 dias em quarentena.

"Inclusive, nosso pessoal da Força Aérea, mais de uma dezena de militares, quando voltarem, também vão passar o Carnaval em quarentena. É responsabilidade acima de tudo trazendo esse pessoal [grupo de brasileiros] para cá."

Presidente e autoridades discutem epidemia

Bolsonaro destacou que a opção por Anápolis teve o apoio do governador de Goiás, Ronaldo Caiado. Por esse motivo, ele foi convidado a participar hoje de um encontro entre Bolsonaro, os chefes dos demais Poderes e outras autoridades.

São esperados o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e o do STF (Supremo Tribunal Federal), Dias Toffoli. A agenda está prevista para 12h no Palácio da Alvorada.

Ontem, deputados aprovaram o projeto de lei do governo que estabelece a quarentena para os brasileiros que estão em área de risco na epidemia de coronavírus. O texto ainda será analisado hoje pelo Senado e, confirmado o aval, será encaminhado para sanção presidencial.

Coronavírus liga alerta pelo mundo

A proposta determina dispensa de licitação, vacinação e testes obrigatórios a pessoas (inclusive de outras nacionalidades) e punição a quem não reportar às autoridades contato com doentes.

O projeto também prevê que o governo requeira bens de pessoas empresas e órgãos públicos mediante indenização e, ainda, importação de medicamentos sem registro pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

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