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Argentina tem 2ª morte devido ao novo coronavírus

ArtistGNDphotography/iStock
Imagem: ArtistGNDphotography/iStock

Do UOL, em São Paulo

13/03/2020 14h38

A Argentina confirmou hoje a segunda morte em decorrência do novo coronavírus no país.

Trata-se de um homem de 61 anos, professor da Universidade Tecnológica Nacional. A informação foi confirmada pela mulher da vítima ao jornal Clarín.

César Cotichelli esteve recentemente na Europa e passou a maior parte da viagem na Itália. Segundo os médicos, ele tinha um quadro de insuficiência respiratória.

Ontem, a universidade emitiu um comunicado suspendendo as aulas por tempo indeterminado, segundo o jornal La Nacion.

A primeira morte provocada pela covid-19 foi de um outro homem, de 65 anos, que faleceu no hospital Argerich, em Buenos Aires, no último sábado.

Ontem, o presidente argentino Alberto Fernández decretou estado de emergência sanitária no país e cancelou voos vindos dos EUA e Europa, que se somaram à uma lista que já tinha China, Coreia do Sul, Irã e Japão.

"Em uma situação de alarme generalizado, o papel do Estado é essencial para prevenir, tranquilizar e proteger a população", disse o chefe de governo em uma mensagem transmitida na televisão e rádio nacionais.

Além disso, não só aqueles que sofrem ou suspeitam sofrer do vírus, mas também quem chegou nas últimas duas semanas de países com alta circulação do chamado SARS-CoV-2 precisarão permanecer isolados por 14 dias. O descumprimento da norma levará a uma investigação criminal.

AO MENOS 31 CASOS NA ARGENTINA

O número de pessoas contagiadas pelo coronavírus na Argentina é de 31, três delas infectadas dentro do país. Um homem morreu infectado no último sábado.

O decreto de necessidade e urgência, que amplia a emergência sanitária que já existia no país vizinho devido à crise econômica, também estabelece que serão implementadas medidas para facilitar o retorno dos residentes argentinos que estão nos países mais afetados pelo vírus.

Segundo o presidente, os ministérios receberão poderes para evitar a escassez e estabelecer preços máximos para géis, máscaras e outros produtos usados para prevenir a doença. Prevê também a suspensão preventiva de espetáculos e o fechamento de espaços públicos com grande afluência de público.

RECOMENDAÇÕES DA OMS

"Estamos agindo de acordo com as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), as autoridades dos países mais afetados e nossos especialistas e sociedades científicas", enfatizou o presidente, que lembrou que seu governo fará uma alocação extraordinária de 1,7 bilhão de pesos (R$ 130 milhões) para reforçar as tarefas de diagnóstico e equipamentos hospitalares.

Após a publicação do decreto, os controles sanitários serão reforçados em todos os pontos de entrada na Argentina. "Seremos muito rigorosos no monitoramento da circulação de pessoas em nossas fronteiras", prometeu Fernández. "Temos de provar mais uma vez a nós mesmos que estamos unidos em questões importantes", completou.

*Com informações da EFE

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