Alvos de Bolsonaro, isolamento e quarentena atingem 3 bilhões de pessoas
Em todo o mundo, quase quatro em cada dez pessoas tiveram suas rotinas afetadas em razão do novo coronavírus. Ao menos 3 bilhões de habitantes do planeta vivem com alguma medida, determinada por seus governos, de quarentena, isolamento social ou restrição de circulação para conter o avanço da covid-19. O número é o equivalente a cerca de 40% da população mundial.
Medidas de isolamento, porém, são alvo de crítica do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Para ele, a pandemia —que está em ascensão, já tendo quase 450 mil casos pelo mundo, com mais de 19 mil mortes— é uma "gripezinha", um "resfriadinho".
Ontem, Bolsonaro atacou a imprensa, falou de novo em "histeria" e se mostrou contra medidas de prevenção à pandemia, que são recomendadas pelo Ministério da Saúde de seu próprio governo, que pede que as pessoas fiquem em casa e evitem aglomerações.
Os países e regiões em que há mais pessoas com restrições são:
- Índia: cerca de 1,3 bilhão
- China (restrições em algumas regiões): cerca de 750 milhões
- Alemanha: cerca de 82,7 milhões
- França: cerca de 67 milhões
- Reino Unido: cerca de 66,4 milhões
- Itália: cerca de 60,4 milhões
- África do Sul (a partir do dia 26): cerca de 56 milhões
- Coreia do Sul: cerca de 51 milhões
- Colômbia: cerca de 49 milhões
- Espanha: cerca de 46 milhões
Ontem, a Índia anunciou a determinação de isolamento por três semanas. Em um vídeo, o primeiro-ministro do país, Narendra Modi, disse que a decisão foi tomada com base na experiência de outros países e conselhos de especialistas em saúde.
Ele mencionou que o distanciamento social é a "única opção" para combater o coronavírus. "Para salvar a Índia e cada indiano haverá total proibição de se aventurar fora de suas casas", disse.
No Brasil, já há quarentena em vigor no estado de São Paulo e na cidade do Rio de Janeiro, o que atinge uma população de cerca de 50 milhões de pessoas.
A OMS (Organização Mundial da Saúde) diz que o isolamento é uma das formas de conter a expansão da covid-19.
Especialistas apontam que essa é uma das frentes principais na etapa de barrar o novo coronavírus. "Na [fase] de contenção, é testar caso suspeito, isolar e rastrear os contatos", disse à Folha Mariângela Simão, diretora-assistente da OMS.
Para ela, medidas de quarentena e isolamento são importantes "para espalhar a curva [de crescimento dos casos] ao longo do tempo até que você tenha uma vacina e um medicamento eficaz".
(Com AFP, DW e Reuters)
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