MPF pede inclusão de agentes penitenciários e presos em testes rápidos
O procurador-geral da República, Augusto Aras, enviou ao Ministério da Saúde um ofício solicitando a inclusão de agentes penitenciários e presos nos testes rápidos para diagnóstico do coronavírus. Desde quarta, a pasta realiza a distribuição de 500 mil testes; a prioridade de entrega é para profissionais de saúde e agentes de segurança.
O pedido atende requerimento das Câmaras Criminal (2CCR) e de Controle Externo da Atividade Policial e Sistema Prisional (7CCR) do MPF (Ministério Público Federal) e foi feito no mesmo dia em que o sistema prisional de São Paulo registrou a primeira morte por covid-19.
A argumentação é que os testes para pessoas privadas de liberdade ou que trabalham na área seguem orientações recentes do CNJ (Conselho Nacional de Justiça). O órgão fez recomendações aos tribunais e magistrados sobre medidas preventivas à propagação da covid-19 em unidades prisionais.
Morte de agente penitenciário
Na manhã de hoje, o Sifuspesp (Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo) divulgou a morte de um agente penitenciário de 64 anos por covid-19. Ele estava internado desde sábado, após retornar de viagem sentindo mal estar.
"A Secretaria da Administração Penitenciária lamenta a morte do servidor Aparecido Cabrioti, 64 anos. Agente de Segurança na Penitenciária de Dracena há quase 15 anos, Cabrioti estava de férias em Maceió quando passou mal. Ele estava internado desde sábado, dia 28, na Santa Casa de Dracena. A direção da unidade prisional está cuidando dos trâmites necessários para o sepultamento e prestando todo o apoio necessário à família", declarou, em nota, a SAP (Secretaria de Administração Penitenciária).
O Sifuspesp monitora outros quatro agentes com coronavírus no estado — todos seguem afastados. Quanto às suspeitas de coronavírus entre os detentos de São Paulo, são 11 no total, contabilizadas desde 24 de março.
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