Coronavírus: Últimas notícias e o que sabemos até esta quarta-feira (17)
O Ministério da Saúde registrou hoje mais 32.188 casos de coronavírus no Brasil. Com os dados das últimas 24 horas, o total já chegou a 955.377, aproximando o país da marca de 1 milhão de pacientes infectados.
De acordo com os números do governo federal de hoje, o Brasil teve 1.269 novas mortes confirmadas como causadas pela covid-19. Com isso, o acumulado de óbitos desde o início da pandemia está em 46.510.
Agora, o Brasil registra de forma oficial um número de mortos dez vezes maior que o da China, onde, de acordo com dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), morreram 4.645 pessoas com o novo coronavírus.
Ainda segundo os dados oficiais do Ministério da Saúde, o país tem 445.393 pacientes em acompanhamento, e outras 463.474 pessoas estão recuperadas da doença.
África: números sobem 25% em uma semana
Pelo mundo, uma das fontes de preocupação nas informações mais recentes é a África. De acordo com dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), em apenas uma semana, o número de novos casos e de óbitos por covid-19 no continente aumentou mais de 25%.
Na quarta-feira passada, o boletim oficial informava 201.157 contaminações em toda a região. Hoje, este número saltou para 256.504, totalizando um crescimento de 27%. A taxa de mortes também aumentou consideravelmente neste período: há uma semana, o total de óbitos na África era de 5.486, e hoje o registro mostra 6.858 - aumento de pouco mais de 25%.
Operação investiga desvio na compra de respiradores
Uma ação conjunta entre MP (Ministério Público) e Policia Civil do Rio de Janeiro e do Distrito Federal cumpre na manhã de hoje dois mandados de prisão preventiva no Rio de Janeiro e nove mandados de busca e apreensão no âmbito da Operação Mercadores do Caos, que investiga desvio de dinheiro na compra de respiradores pulmonares destinados ao tratamento de pacientes com covid-19.
Cinco mandados de busca e apreensão são cumpridos na capital federal, e quatro no Rio de Janeiro. A ação de hoje é uma nova etapa da operação deflagrada em maio, que levou à prisão de Gabriell Neves, ex-subsecretário de Saúde do Rio, e empresários.
Segundo o MP, as investigações apontam para o desvio de R$ 18 milhões do erário estadual que seriam destinados a compra desses aparelhos. Passados mais de dois meses da data de entrega dos respiradores comprados emergencialmente, sem licitação, nenhum equipamento foi entregue pelas empresas, nem o dinheiro devolvido aos cofres públicos, de acordo com a entidade.
OMS se mostra animada com dexametasona
A Organização Mundial da Saúde (OMS) considerou, ontem, que a utilização do esteroide dexametasona, que reduziu significativamente a mortalidade em pacientes seriamente afetados pelo novo coronavírus, é um avanço científico na luta contra a pandemia de covid-19. Além disso, foram interrompidos os testes com a hidroxicloroquina.
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse que se trata do primeiro tratamento comprovado que reduz a mortalidade em pacientes que apenas conseguem respirar com o uso de respiradores. Ele afirmou que é preciso ter cautela, no entando.
São boas notícias e congratulo o governo britânico, a Universidade de Oxford e os muitos hospitais e pacientes no Reino Unido que contribuíram para esse avanço científico capaz de salvar vidas"
Vacinas na Rússia e pelo mundo
A Rússia anunciou hoje que testará duas vacinas contra o novo coronavírus em seres humanos. Os ensaios clínicos contarão com 76 voluntários, 38 para cada uma das vacinas, segundo o jornal francês Le Parisien. Já o Japão anunciou que testará uma vacina em humanos a partir do fim deste mês.
Segundo a OMS, há 153 drogas e vacinas sendo testadas em 1.765 estudos com pacientes que contraíram covid-19. A maioria dos remédios, porém, ainda está em fase muito inicial dos estudos.
Outra droga que chama atenção é o antiviral remdesivir, usado originalmente contra o ebola. Estudo preliminar publicado em 22 de maio no New England Journal mostrou que o tempo de recuperação em pacientes hospitalizados por coronavírus foi menor (11 dias) para aqueles que tomaram o medicamento em comparação com os pacientes que receberam placebo (15 dias).
Lições da China e Nova Zelândia
Os recentes casos do novo coronavírus confirmados na China e na Nova Zelândia, após períodos consideráveis sem registros da doença, mostram que não há como se livrar do vírus e alimentam a tendência de que a covid-19 se tornará endêmica.
No caso do país asiático, foram identificados 27 novos casos ontem em Pequim, e mais de uma centena de contaminados na capital desde o último dia 12. A endemia se caracteriza quando o vírus não se dissipa totalmente, e a doença acaba se manifestando com frequência em determinadas regiões, geralmente provocada por circunstâncias ou causas locais.
Os tipos de influenza A e B, por exemplo, são considerados endêmicos no Brasil. A OMS já informou que há probabilidades consistentes de que o novo coronavírus entre nesse rol.
Na China, um mercado foi vetor do aumento do número de casos. Na Nova Zelândia, foram duas mulheres que chegaram ao Reino Unido que trouxeram o vírus de volta ao país da Oceania.
Índia registra 2 mil mortes - mas houve erro anterior
A Índia registrou mais de 2 mil mortes provocadas pelo coronavírus em apenas um dia, o que eleva o balanço de vítimas fatais a 11.903 no país, anunciaram hoje as autoridades.
O aumento se deve em parte à revisão dos números em Mumbai, a cidade mais afetada, que somou 862 mortos ao balanço diário por alguns "erros" na contagem de vítimas.
A capital, Nova Déli, onde a situação é cada vez mais grave, registrou 400 mortes em 24 horas.
Protocolo para volta das escolas
O Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) elaborou alguns protocolos para o retorno às aulas presenciais no país. Ainda que as datas sejam desconhecidas - no caso das universidades, a USP só retoma aulas presenciais em 2021 -, é possível saber algumas das medidas que devem ser tomadas:
- as aulas presenciais nas escolas terão menos alunos por sala e só atividades individuais, nada de trabalhos em grupo;
- haverá rodízio entre estudantes em sala e em casa, com continuidade das atividades online;
- no intervalo, refeitórios terão lugares marcados para que estudantes mantenham a distância entre si;
- cada um deverá ter a própria garrafinha de água;
- podem ocorrer aulas de reposição aos sábados ou em outros períodos;
- e professores e alunos devem usar máscaras o tempo todo.
Conheça o ECMO
Capaz de funcionar como um pulmão e um coração artificiais para pacientes que estão com os órgãos comprometidos, a ECMO (Oxigenação por Membrana Extracorpórea), é um equipamento de alta complexidade que, infelizmente, vem crescendo em popularidade em meio à pandemia causada pelo coronavírus.
A máquina pode ser usada em pessoas de todas as idades, desde recém-nascidos até idosos, e possibilita substituir a atividade só do coração ou do pulmão, o que vem sendo feito com frequência por causa dos graves problemas respiratórios que a covid-19 traz.
O respirador não substitui a função do pulmão do paciente, apenas fornece um fluxo de ar para o interior deles. Já a ECMO funciona como um pulmão adicional para pacientes com covid-19 cuja função pulmonar foi muito reduzida, e possibilita que o paciente tenha tempo e condição clínica para se recuperar"
Celso Freitas, diretor médico da LivaNova, empresa global de tecnologia médica.
EUA: Noite em bar acaba em 11 novos casos
Uma noite com aglomeração dentro de um bar na Florida, nos EUA, deixou a profissional de saúde Erika Crisp e ao menos outras dez pessoas infectadas pelo coronavírus.
A profissional de saúde foi com amigas ao Lynch's Irish Pub, em Jacksonville Beach, no dia 6 de junho, horas depois de bares da região receberem aval para reabertura parcial diante da pandemia. Erika, de 40 anos, explicou que não se dirigiu a outro bar no dia em que possivelmente foi contaminada e assumiu a falta de cautela.
"Grupos de pessoas que estiveram no Lynch's foram diagnosticados esta semana com covid-19. Só do meu grupo, dez de nós estamos agora confirmados. Mais quatro testes estão pendentes. Outros grupos informaram que também estiveram neste local específico no fim de semana em questão. E não, nós não saltamos de bar em bar. Foi o único local que o meu grupo de pessoas foi", disse a profissional de saúde, mostrando os riscos de uma reabertura sem os devidos cuidados.
Volta do futebol em SP e RJ
Os dois grandes centros do país discutem a retomada do futebol. Hoje, o prefeito do Rio, Marcelo Crivella, se reuniu com representantes da maioria dos clubes do Campeonato Carioca. O mandatário voltou a pedir para a Ferj (Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro) que avalie a volta de Fluminense e Botafogo — contrários ao retorno imediato — apenas em julho.
O retorno do Carioca está confirmado para amanhã às 21h30, com o jogo entre Flamengo x Bangu. Representante da Ferj, o diretor Leonardo Ferraz afirmou que levará o pedido do prefeito ao presidente Rubens Lopes, que também não esteve na reunião.
"Há clubes que acham que não devem voltar agora. Foi esse o pedido que fiz ao presidente da FERJ. Que aqueles clubes que voltem em julho não sofram W.O. ou punição. Nesse momento temos que entender que cada um reage diferente às questões da pandemia. Esperamos que consigamos resolver essas diferenças. O presidente do Botafogo e o representante do Fluminense acham que é assim", opinou o prefeito.
Já em São Paulo, o governo anunciou hoje a liberação dos clubes de futebol paulistas para retomarem gradualmente os treinamentos a partir do dia 1 de julho.
João Doria afirma ter finalizado os protocolos para as equipes da Série A1. As medidas são apenas para treinamentos. O retorno aos jogos será avaliado posteriormente. Entre as obrigações estão: testes regulares, limitação de pessoas nos treinamentos, ausência de torcida, máscaras para comissão técnica e medição de temperatura obrigatória de todos.
O estado de São Paulo teve 389 mortes confirmadas pela covid-19 nas últimas 24 horas — número mais alto desde o início da pandemia. O recorde anterior era de 365 vítimas do novo coronavírus, registrado ontem. Ao todo, o estado contabiliza 11.521 mortes e 191.517 casos oficiais.
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