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Coronavírus: Últimas notícias e o que se sabe até esta quarta-feira (24)

Ala voltada para pacientes com coronavírus no hospital Gilberto Novaes, em Manaus (AM) - Michael Dantas/AFP
Ala voltada para pacientes com coronavírus no hospital Gilberto Novaes, em Manaus (AM) Imagem: Michael Dantas/AFP

Do UOL, em São Paulo

24/06/2020 12h34Atualizada em 24/06/2020 20h42

O Brasil registrou hoje mais 1.103 mortes causadas pelo coronavírus. A covid-19, de acordo com dados do consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte, já matou 53.874 pessoas no país desde o início da pandemia.

Os números levantados pelo consórcio com as secretarias estaduais de saúde também registraram 40.995 novos casos da doença nas últimas 24 horas. O total chega a 1.192.474 diagnósticos.

Já os dados oficiais do Ministério da Saúde apontaram um número maior de mortes registradas de ontem para hoje. Foram 1.185 novos óbitos. Mas o total segue menor na conta do governo. São 53.830 vidas perdidas. Nos casos, a mesma coisa aconteceu: o ministério confirmou 42.725 diagnósticos novos, mas o total ficou em 1.188.631.

Mortes voltaram a acelerar e casos dispararam no Brasil

O Ministério da Saúde divulgou hoje dados da semana epidemiológica que compreende o período entre os dias 14 e 20 de junho, e afirmou que houve um aumento de 7% no total de novas mortes em relação à semana anterior.

É uma volta ao ritmo de aceleração após queda de 4% nos dados apresentados há uma semana. O número de casos foi ainda mais alarmante. Depois de subir apenas 2% no último período medido, agora o crescimento foi de 22%. Foram mais de 217 mil novos diagnósticos.

Pandemia acelera na América Latina

A pandemia do novo coronavírus não para de acelerar, sobretudo na América Latina. A região, atual epicentro global da pandemia, superou ontem a marca das 100.000 mortes por covid-19 e chegou a 2,16 milhões de infecções.

Alguns países latinos estão vendo a situação, que antes parecia controlada, avançar. É o caso do Peru, que chegou a 100 dias da quarentena ontem superando a marca de 260 mil casos, e da Argentina, que atingiu um recorde diário de novos casos pelo segundo dia seguido. Foram 2.285 notificações de infecções apenas na terça-feira, totalizando 47.216 casos no país.

SP: bairros com mais pretos e pardos têm mais mortes

Um novo recorte da situação em São Paulo aponta que os bairros com as maiores proporções de pessoas que se autodenominam pretas e pardas têm os maiores números de mortes por covid-19, segundo relatório da Rede Nossa São Paulo. Sapopemba, Brasilândia, Grajaú, Jardim Ângela e Capão Redondo lideram as mortes.

O mesmo paralelo se dá em relação à moradia: os distritos que mais possuem favelas em relação ao total de domicílios concentram mais vítimas do que os bairros que não registram moradia irregular.

Hoje, Edson Aparecido, secretário de Saúde da cidade de São Paulo, disse que a cidade deve ampliar a flexibilização da quarentena e avançar para a fase amarela do Plano São Paulo. Nesta etapa, bares, restaurantes e salões de beleza poderão reabrir com restrições. Caso se confirme, o avanço na flexibilização deve ser anunciado na próxima sexta-feira (26) pelo governador João Doria (PSDB).

SP: colombianos estão há 56 dias em aeroporto

O grupo de 30 colombianos acampado no aeroporto internacional de Guarulhos (SP) completou 56 dias no local sem conseguir voltar para casa. Eles estão acampados de improviso em um espaço do Terminal 2. Devido à pandemia, há poucos voos entre Brasil e Colômbia. Quando há voos, falta dinheiro para a passagem.

colombianos - AMANDA PEROBELLI/REUTERS - AMANDA PEROBELLI/REUTERS
Pessoas, parte de um grupo de cerca de 200 colombianos que vivem temporariamente no Aeroporto Internacional de Guarulhos devido às restrições da doença por coronavírus (COVID-19), fazem fila enquanto mulheres distribuem alimentos no saguão do aeroporto, perto de São Paulo
Imagem: AMANDA PEROBELLI/REUTERS

O grupo, que chegou a ser de 500 pessoas, é amparado por igrejas e empresas que fazem doação de comidas. A reportagem do UOL conversou com alguns dos colombianos, que contaram sua histórias, e também com a embaixada da Colômbia.

Manaus desativa hospital de campanha

A prefeitura de Manaus encerrou hoje as atividades do hospital de campanha construído na capital amazonense para atender os pacientes com covid-19. Ao todo, em 71 dias de funcionamento, a instalação recebeu 751 pacientes, sendo que 611 se recuperaram. A porcentagem de óbitos entre os internados foi de 19%.

Vigilância vê infrações nos CT's de Bota, Flu e Vasco

O retorno do futebol segue enfrentando críticas e problemas. A Vigilância Sanitária do Rio de Janeiro detectou infrações nas sedes do Botafogo, do Fluminense e do Vasco. O Flamengo estava em conformidade com o protocolo. A Prefeitura exige que haja uma adaptação para que o Campeonato Carioca seja retomado e fará nova inspeção nos próximos dias.

Fluminense no CT - Lucas Merçon / Fluminense F.C. - Lucas Merçon / Fluminense F.C.
Técnico Odair Hellmann conversa com jogadores do Fluminense no CT
Imagem: Lucas Merçon / Fluminense F.C.

Hudson, jogador do Flu, criticou a pressa pelo retorno do Carioca. "Não dá para entender essa pressa. Estamos aqui para cumprir as nossas obrigações, mas acredito que é um momento para esperar um pouco mais", disse. O time retorna a campo no domingo e protestou contra a decisão.

Aprovação de Trump atinge baixa recorde

A aprovação dos norte-americanos à resposta do presidente Trump à pandemia atingiu o menor nível já registrado, mostrou a pesquisa de opinião Reuters/Ipsos mais recente: 37% dos entrevistados aprovaram Trump, contra 58% que desaprovaram. A pesquisa foi feita depois que o presidente afirmou ter pedido a redução nos testes para evitar que os casos aumentassem no país. A declaração foi feita no comício do último sábado.

Os EUA lideram em número de casos e de mortes provocadas pela covid-19. Segundo um relatório do jornal The Washington Post, pelo menos sete estados norte-americanos registaram a taxa mais alta de internações por coronavírus desde o início da pandemia.

Trump comício em Tulsa - Divulgação - Divulgação
Trump com eleitores durante o comício em Tulsa, no dia 20 de junho, retomando a campanha presidencial
Imagem: Divulgação

Portugal recua e impõe restrições

O país que até então tinha uma situação mais controlada comparado com os demais países europeus agora vive dias de alerta. O governo de Portugal, após ter ensaiado uma volta à normalidade com a reabertura de bares e restaurantes, recuou e impôs novas medidas de restrições. O anúncio foi feito pelo primeiro-ministro Antonio Costa depois que novos surtos do novo coronavírus foram identificados, principalmente na área metropolitana de Lisboa, capital do país.

Economia e mercado de trabalho

Em novos comunicados, o FMI (Fundo Monetário Internacional) afirmou que a crise está provocando danos mais amplos e profundos à atividade econômica do que imaginado anteriormente. Com isso, disse esperar que a produção global sofra contração de 4,9% este ano, ante recuo de 3,0% estimado em abril.

Para o Brasil, a estimativa para a contração da economia também piorou, indo para 9,1% (era 5,3% em abril). No entanto o órgão aumentou de 2,9% para 3,6% a projeção de crescimento para o país em 2021.

Ainda no país, a pandemia fez com que mais de 1,3 milhão de idosos deixassem de trabalhar ou de procurar um emprego, na comparação do primeiro trimestre de 2020 com o mesmo período do ano anterior. Eles representam 64% do total de mais de 2 milhões de brasileiros que deixaram a força de trabalho nesse mesmo período. O número foi levantado com base em dados da Pnad Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).