Doria afirma que aglomeração no litoral é 'sair para encontrar a morte'
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), comentou hoje as aglomerações observadas no litoral paulista durante o final de semana prolongado.
"Eu fico triste em verificar que uma parcela da população não compreende a importância de se resguardar e se proteger", declarou em entrevista à CNN Brasil.
Doria continuou: "Compreendo, sim, o fato de que seis meses de isolamento, distanciamento, de certa maneira até um confinamento, atordoam as pessoas. Elas querem liberdade, querem sair. Mas sair para encontrar a morte não é um bom caminho. Nós não temos ainda a vacina".
Vacina
Sobre a vacina, o governador voltou a afirmar que a previsão do governo é que o imunizador desenvolvido pelo Instituto Butantan em parceria com a chinesa Sinovac Biotech esteja disponível em dezembro. Ele se posicionou a favor da obrigatoriedade da imunização, e criticou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido):
"Lamento aqui que o presidente Jair Bolsonaro tenha revogado o decreto que ele mesmo assinou tornando obrigatória a vacina quando ela viesse a ser disponibilizada pelo SUS. É surpreendente que um presidente da República venha a revogar um decreto que ele mesmo colocou em prática e publicou no Diário Oficial da União em fevereiro. Lamento muito essa posição do presidente da República e inclusive peço que ele reveja essa posição em nome da saúde e da vida dos brasileiros."
Verba do Ministério da Saúde
Doria também falou sobre os resultados da reunião entre o ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, com o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas. As críticas do presidente à vacina produzida em parceria com a empresa chinesa não impediram o Ministério de destinar verba à pesquisa:
"Provavelmente uma primeira parcela desse recurso será liberada essa semana, dentro de uma visão correta de que é importante para o Brasil ter vacinas — não apenas uma mas várias, desde que evidentemente dentro do protocolo mundial de controle. Portanto, estamos até aqui convictos de que esse comportamento do Ministério da Saúde prosseguirá dentro de uma linha técnica e republicana, sem nenhum envolvimento de ordem política."
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