Prefeitura de BH diz que pode comprar CoronaVac e vacina de Oxford
A Prefeitura de Belo Horizonte afirmou hoje que já entrou em contato com o Instituto Butantan e com o Bio-Manguinhos, laboratórios produtores das vacinas contra a covid-19 CoronaVac e de Oxford, respectivamente. Porém, ainda aguarda definição da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) do Ministério da Saúde para o planejamento da campanha de vacinação.
O poder executivo da capital mineira afirma que têm condições para a compra de imunizantes e já adquiriu seringas especificamente para a vacinação contra o novo coronavírus.
O governador de São Paulo, João Doria, explicou hoje durante anúncio do Plano Estadual de Imunização de SP, que as 4 milhões de doses da CoronaVac destinadas a outras federações seriam voltadas aos profissionais de saúde.
"Temos oito estados que solicitaram a CoronaVac ao Instituto Butantan. Alguns vieram aqui pessoalmente. Para citar dois, entre muitos, o prefeito de Curitiba, que solicitou e anunciou que fará aquisição da vacina. O novo prefeito eleito do Rio, Eduardo Paes, me telefonou hoje dizendo que Rio não vai ficar aguardando o programa [federal] para março e deseja vacinar o mais breve possível, começando pelos profissionais de saúde. E assim dezenas de outros prefeitos", revelou Doria.
O governo não divulgou quais estados estão interessados —alegando que ainda não tem nenhum acordo oficialmente fechado—, mas falou que haverá colaboração entre as partes na questão logística.
"Enquanto os acordos não forem consolidados eles também não serão, na sua íntegra, revelados. Mas nós vamos ter uma distribuição, uma logística adequada para que ninguém deixe de receber lá na ponta", afirmou o secretário de Saúde, Jean Gorinchteyn, à imprensa.
Dados de eficácia ainda serão enviados à Anvisa
Quatro vacinas estão em teste no Brasil. Nenhuma delas foi aprovada e registrada pela Anvisa: Oxford, CoronaVac, Pfizer e Janssen.
A CoronaVac atingiu o número mínimo de infectados pelo novo coronavírus em seu estudo de fase 3 no Brasil há duas semanas, o que permite iniciar a análise dos dados que visam comprovar a sua eficácia.
O Butantan espera enviar esses dados à Anvisa até a próxima semana, para que a agência federal inicie a avaliação e possa conceder uma autorização emergencial até meados de janeiro.
O diretor da agência regulatória, Antônio Barra Torres, no entanto, prevê um prazo maior. "Antes de verificarmos estes protocolos de registro, precisamos acessar os documentos dos estudos clínicos referentes à fase 3 dos testes. No entanto, estes estudos ainda não se encerraram. Para efetuarmos o registro de vacina contra o coronavírus, demandamos no mínimo 60 dias para analisarmos os documentos", disse Barra Torres, horas depois do anúncio do governo paulista, durante entrevista à rádio Jovem Pan.
Oficialmente, a Anvisa divulgou nota afirmando que faltam etapas para liberar a CoronaVac.
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