Após recusas de transferência, RO consegue mandar 15 pacientes para PR
O secretário estadual da Saúde de Rondônia, Fernando Máximo, afirmou hoje que pacientes com covid-19 que seriam transferidos para o Sul do país nesta segunda-feira (25) se recusaram a viajar. O primeiro avião com 15 pacientes deve sair de Porto Velho agora à noite com 15 pacientes para tratamento em um hospital de Curitiba. No entanto, ao menos 30 deveriam ser levados em dois aviões cedidos pelo governo federal.
"O perfil desses pacientes é de pessoas que estão conversando, que estão bem do ponto de vista clínico. E eles não têm aceitado a viagem. Nós montamos uma força-tarefa com assistentes sociais, médicos e psicólogos para tentar convencer esses doentes a serem transferidos para outros estados, mas eles não aceitaram", diz. No entanto, se houver agravamento do quadro desses pacientes, o estado não terá leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para atendê-los.
O governo federal destinou dois aviões, com 15 vagas cada um, para transporte de pacientes. Foram destinados leitos para eles em Curitiba e Porto Alegre, mas apenas para casos moderados.
O estado de Rondônia sofre com falta de vagas nos leitos para doentes com covid-19, e a transferência é necessária para desafogar a rede de saúde e garantir que novos pacientes consigam iniciar o tratamento em hospitais. O tratamento fora do estado garante vaga de UTI, caso haja agravamento do paciente.
Ainda segundo o secretário, não há indicativo de vagas para pacientes internados em estado grave. "Continuamos esperando a possibilidade de o Ministério da Saúde conseguir vagas em UTIs em outros estados e iniciar a transferência desses pacientes mais graves para outros locais", afirma.
Apelo por médicos
Máximo voltou a fazer um apelo para que profissionais médicos se dirijam ao estado para assumir vagas em aberto para ampliação da rede.
"Seguimos aguardando profissionais médicos, porque temos leitos de UTI prontos com todos os equipamentos e demais profissionais aguardando somente os médicos", diz.
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