Após aumento de restrições, Jair e Flavio Bolsonaro criticam isolamento
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e um de seus filhos, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos), voltaram hoje a criticar o isolamento social, ainda que a medida seja pregada pelas autoridades médicas e sanitárias como uma das principais no combate à pandemia de covid-19.
As críticas da família de políticos acontecem no momento em que, diante da piora nos índices da pandemia - casos, mortes, internações e ocupação de leitos de UTI -, diversos governos estaduais estão anunciando medidas de restrição, incluindo lockdown. O Brasil já soma mais de 250 mil mortes pelo novo coronavírus em um ano, o segundo maior número do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos.
Flavio escreveu no Facebook que "o isolamento não adianta de nada e já sabemos o resultado!". Ele também divulgou uma imagem para estabelecer uma comparação entre mortes por covid-19 e o aumento de casos de depressão.
O presidente Jair Bolsonaro também divulgou manifestações contra o isolamento social. Ele publicou o trecho de um discurso recente e destacou: "os que me criticam, façam como eu: venham para o meio do povo. O que mais ouvi no meio deles foi: eu quero trabalhar".
Ontem, o Governo do Estado de São Paulo anunciou aumento de restrições na Grande São Paulo e em outras regiões, além de iniciar um toque de restrições das 23h às 5h.
Até mesmo governadores que costumam ser aliados de Jair Bolsonaro, como Carlos Moisés (PSL), de Santa Catarina, e Ratinho Junior (PSD), do Paraná, anunciaram medidas para restringir a circulação recentemente. Em Santa Catarina, haverá um lockdown neste final de semana e no próximo. No Paraná, o fechamento de serviços não essenciais vai durar até 8 de março.
De uma forma geral, o Brasil passa por um dos piores momentos da pandemia. Nesta semana o país superou as 250 mil mortes e atingiu um novo recorde de mortes registradas em um dia, com 1.582 óbitos registrados em 24 horas.
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