Laboratório diz ter pedido uso emergencial da Covaxin no país; Anvisa nega
A Precisa Medicamentos, representante da Bharat Biotech no Brasil, disse ter apresentado hoje a documentação para tentar a aprovação para uso emergencial da vacina Covaxin no país. A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), responsável por analisar o pedido, porém, nega ter recebido.
"A Precisa Medicamentos apresentou à Anvisa a documentação para o pedido de liberação para uso emergencial da vacina Covaxin, produzida pelo laboratório indiano Bharat Biotech, de quem a Precisa é representante e distribuidora exclusiva no país", disse o laboratório em nota.
Ainda segundo o comunicado, "estudos de fase 3 mostram que a vacina é 81% eficaz, e os anticorpos induzidos pela aplicação podem neutralizar cepas variantes".
Reunião entre Anvisa e farmacêutica
Já a Anvisa informou ter recebido o pedido de reunião de submissão prévia com a Precisa Medicamentos, o que seria uma primeira etapa do processo, mas negou que o laboratório tenha enviado um pedido de aprovação para uso emergencial da Covaxin.
"A reunião de submissão prévia está prevista no Guia de Uso Emergencial", explicou a agência, "[e] deve ser feita antes do pedido de uso emergencial de vacinas. A reunião de submissão prévia serve para que a equipe técnica da Anvisa possa avaliar se já há dados suficientes para que o laboratório faço o pedido de uso emergencial."
Segundo apurado pelo UOL, essa reunião deve acontecer amanhã.
Em fevereiro, o Ministério da Saúde anunciou a assinatura de contrato com a Precisa Medicamentos para a entrega de 20 milhões de doses da vacina contra a covid-19 entre março e maio. A concretização do uso do imunizante no país só poderá acontecer, no entanto, a partir da autorização da Anvisa.
Mais cedo, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, anunciou uma redução na expectativa de vacinas contra a covid-19 distribuídas para os estados até o final de março. Agora, segundo o general, serão 28 milhões de doses da CoronaVac, fabricadas pelo Instituto Butantan, e da AstraZeneca/Oxford, da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) — 18 milhões a menos que a quantidade informada em fevereiro (46 milhões).
No último dia 4, Pazuello já havia reduzido a previsão para aproximadamente 38 milhões de vacinas e, dois dias depois, afirmou que os estados contariam com, no máximo, 30 milhões de doses. Hoje, o ministro disse que esse número deve girar entre 25 e 28 milhões de imunizantes.
Ele não detalhou, no entanto, a que se deve essa redução no número final de vacinas colocadas à disposição.
(Com Reuters)
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