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Queiroga cita 'distanciamento social inteligente' como medida contra covid

Marcelo Queiroga disse ser a favor de um "distanciamento social inteligente" - Mateus Bonomi/AGIF/Estadão Conteúdo
Marcelo Queiroga disse ser a favor de um "distanciamento social inteligente" Imagem: Mateus Bonomi/AGIF/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

18/03/2021 14h19

O médico Marcelo Queiroga, que substituirá Eduardo Pazuello no comando do ministério da Saúde, citou uma "política de distanciamento social inteligente" como medida que pode combater a curto prazo o avanço da pandemia de covid-19 no Brasil.

Queiroga usou o termo na chegada ao Palácio do Planalto para uma reunião. A expressão é semelhante a uma usada por Nelson Teich, ministro da Saúde entre abril e maio de 2020, que defendia o "isolamento social estratégico ou inteligente".

"A vacina não vai resolver a curto prazo. O que resolve é política de distanciamento social inteligente e melhorar qualidade da assistência nas UTIs", disse Queiroga.

Em artigo publicado em seu Linkedin antes de assumir o ministério, Teich afirmava que um "isolamento social estratégico ou inteligente" seria o ideal para combater a covid-19. Ele citava a Coreia do Sul como exemplo, país que adotou estratégias de rastreamento e monitorização e de testagem em massa.

"Essa estratégia demanda um conhecimento maior da extensão da doença na população e uma capacidade de rastrear pessoas infectadas e seus contatos", dizia no artigo, reproduzido pela CNN Brasil.

Queiroga não deu detalhes sobre a sua visão sobre a política de distanciamento social inteligente.

Para o futuro ministro, a importância da vacinação é evidente, mas não tem um efeito imediato na redução de casos e mortes. Ontem, o Brasil superou pela primeira vez a média de 2 mil mortes por dia levando em conta o período de uma semana.

"Tem que criar condições de melhor assistência hospitalar, sobretudo nas UTIs. É uma emergência internacional e temos ambiente com variantes do vírus. Felizmente já há campanha de vacinação sendo implementada e a expectativa é ampliar", disse.

Autonomia

Marcelo Queiroga ainda disse que o presidente deu autonomia para ele montar a sua equipe e pediu "paciência em curto prazo".

"O diferente é as recomendações da ciência. O presidente escolheu um médico oriundo de sociedade científica, de cardiologia. O presidente me deu autonomia para montar equipe. Peço paciência para, em curto prazo, trazer medidas adicionais para que consigamos que esse cenário melhore", disse.