FNP negocia 30 milhões de doses da vacina Sputnik V
O Consórcio Conectar, movimento liderado pela FNP (Frente Nacional de Prefeitos), segue as negociações com o RDIF (Fundo Soberano Russo) para adquirir 30 milhões de doses da vacina Sputnik V, produzida na Rússia. A informação foi confirmada pelo prefeito de Florianópolis e presidente do Consórcio, Gean Loureiro (DEM).
Segundo informações da Frente Nacional de Prefeitos, o primeiro lote, com até cinco milhões de doses, deve ser enviado entre maio e junho. As outras 25 milhões de doses devem chegar ao solo brasileiro até dezembro deste ano.
A expectativa é que a Anvisa aprove o uso da Sputnik V no Brasil até o fim de abril. A inspeção nas fábricas que produzem a vacina está marcada para ser realizada entre os dias 19 a 23 de abril.
O Consórcio Conectar também já entrou em contato com a Opas (Organização Pan-Americana da Saúde) para solicitar ajuda no combate à pandemia, como, por exemplo, a doação de 10 milhões de doses dos EUA.
Durante entrevista à CNN, a vice-diretora da OMS, Mariângela Simão, afirmou que ainda é prematuro contar com eventuais doações por parte de vacinas dos EUA, pois o país ainda segue a vacinação de sua população.
"Com relação a doação de doses nos EUA, estamos em negociações faz algum tempo. Os EUA têm colocado que primeiramente vão terminar a vacinação de seus cidadãos. Ainda estão com algum tempo para fazer isso", relatou.
Pressão pela liberação da Sputnik V
O governador do Piauí e presidente do Consórcio Nordeste, Wellington Dias (PT), divulgou hoje nas redes sociais que vai entrar com pedido no STF (Supremo Tribunal Federal) para importar a vacina Sputnik V, caso a Anvisa não libere.
"Continuamos na luta para a aprovação da vacina Sputinik V pela Anvisa. A vacina já é utilizada em mais de 50 países, com eficácia comprovada. Caso a Anvisa não justifique ou detalhe os motivos do atraso para esta aprovação, vamos ao Supremo Tribunal Federal", escreveu o petista.
Camilo Santana (PT), governador do Ceará, informou ontem que já protocolou ação no Supremo solicitando a liberação das 5,87 milhões de doses do imunizante que o estado tem direito.
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