Chávez apresenta novas complicações após operação em Havana

Em Caracas

  • Juvenal Balan Neyra/Granma/AP

    O ministro de Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodriguez, recebe o vice-presidente da Venezuela, Nicolas Maduro (centro), que chegou a Havana para visitar o presidente Hugo Chávez

    O ministro de Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodriguez, recebe o vice-presidente da Venezuela, Nicolas Maduro (centro), que chegou a Havana para visitar o presidente Hugo Chávez

O estado de saúde do presidente venezuelano, Hugo Chávez, apresenta "novas complicações" e o tratamento não está isento de riscos, depois da operação a que foi submetido em Havana em 11 de dezembro contra um câncer, informou no domingo à noite o vice-presidente Nicolás Maduro.

"Fomos informados sobre novas complicações surgidas como consequência da infecção respiratória já conhecida", disse Maduro em Havana, onde explicou que permanecerá nas próximas horas para acompanhar de perto a evolução de Chávez.

"Estas complicações estão sendo atendidas em um processo não isento de riscos", completou o vice-presidente, em tom solene, em um discurso transmitido em rede obrigatória de rádio e televisão.


Maduro explicou que o estado de saúde de Chávez "continua sendo delicado", mas elogiou a "fortaleza física e espiritual do comandante" para "enfrentar esta difícil situação".

O vice-presidente, que viajou na sexta-feira a Havana, informou que fez o anúncio ao país poucos minutos depois de ter conversado com Chávez.

O presidente foi operado em 11 de dezembro pela quarta vez de um câncer detectado em meados de 2011 e, desde então, o governo tem informado a conta-gotas sobre a evolução de seu estado de saúde.

Maduro foi designado por Chávez seu herdeiro político antes da viagem em 10 de dezembro para Havana.

Segundo o presidente, no poder desde 1999, Maduro deve assumir a presidência temporária se ele ficar "inabilitado" para governar e ser o candidato do governo nas eleições que podem ser convocadas no prazo de 30 dias.

Chávez, 58 anos, foi reeleito em 7 de outubro e a posse está marcada para 10 de janeiro na Assembleia Nacional.

O governo afirma que a data pode ser adiada se o presidente não estiver em condições de tomar posse para um novo mandato de seis anos.

Pouco depois do anúncio de Maduro, o ministro da Informação, Ernesto Villegas, negou os boatos sobre a suposta morte de Chávez que circulam nas redes sociais.

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