O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou neste sábado (11) que 3.000 militares serão enviados na próxima segunda-feira (13) ao Estado de Miranda, governado pelo líder opositor Henrique Capriles, dentro de um plano para combater a insegurança.

"Levamos as Forças Armadas para as ruas porque é uma necessidade, e ela será mobilizada pelo tempo que precisarmos para garantir a segurança", disse o presidente durante um ato oficial em Guarenas, nos arredores de Caracas.

A mobilização, parte do plano Pátria Segura, começará na segunda-feira em alguns pontos dos municípios de Sucre e Baruta, governados por prefeitos opositores, assinalou Maduro durante o ato, transmitido, obrigatoriamente, por todas as emissoras de rádio e TV.

"É lamentável que o estado de Miranda seja o de maior criminalidade e violência", disse o presidente, criticando a gestão de Capriles, candidato que derrotou por uma margem reduzida nas eleições presidenciais, em abril.

Segundo o governo, foram registrados no país 3.400 homicídios no primeiro trimestre 2013 (16% deles em Miranda), enquanto, em 2012, os assassinatos subiram para 16 mil, o que representa 54 mortes violentas para cada 100 mil habitantes, quase 14% a mais do que em 2011.

Segundo um relatório divulgado pela ONU este ano, a Venezuela é o terceiro país com maior índice de homicídios na América Latina, atrás de Honduras e El Salvador.