Rússia propõe plano em quatro etapas para entrega das armas químicas da Síria
A Rússia propôs aos Estados Unidos um plano em quatro etapas para a destruição das armas químicas da Síria, que começaria com a adesão de Damasco à Organização para a Proibição de Armas Químicas, informa a imprensa russa.
O plano de Moscou pretende evitar uma ofensiva militar dos Estados Unidos em resposta a um ataque com armas químicas em uma área controlada pelas forças rebeldes perto de Damasco, que segundo os países ocidentais foi cometido pelo regime sírio.
Conheça os 4 passos do plano russo para a Síria
1) Adesão à Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ);
2) Revelação da localização do arsenal químico e o local de fabricação;
3) Autorização da entrada no país dos inspetores da OPAQ;
4) Destruição das armas, em cooperação com os inspetores.
O jornal Kommersant revela pela primeira vez os detalhes do plano, que segundo a publicação foi apresentado aos americanos na terça-feira, apesar do anúncio oficial ter acontecido na quarta-feira.
Em uma primeira etapa, Damasco anunciaria a adesão à Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ, na sigla em português).
Posteriormente, a Síria deverá revelar a localização de seu arsenal químico e o local de fabricação. O terceiro passo seria autorizar a entrada no país dos inspetores da OPAQ.
A etapa final seria a destruição das armas, em cooperação com os inspetores.
O Kommersant, que habitualmente tem acesso a fontes da diplomacia russa, destacou que ainda resta definir quem destruiria fisicamente as armas, e não se descarta uma missão conjunta entre Rússia e Estados Unidos.
O ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, e o chefe da diplomacia americana, John Kerry, discutirão o plano em Genebra nesta quinta-feira.
O Exército Sírio Livre (ESL, rebeldes) rejeitou a proposta russa de colocar as armas químicas da Síria sob controle internacional e pediu que as autoridades do regime que admitiram possuir este tipo de armamento sejam julgados.
"O ESL anuncia sua rejeição categórica da iniciativa russa que pretende colocar as armas químicas sob controle internacional", afirmou o chefe militar dos insurgentes, general Selim Idris, em um depoimento divulgado no YouTube.
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