Aplausos coroam retorno a Cuba da Sinfônica de Minnesota após 85 anos
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Joaquín Hernández/Xinhua
O pianista cubano Frank Fernández participa de concerto da Orquestra Sinfônica de Minnesota em Havana, Cuba
A Orquestra Sinfônica de Minnesota recebeu uma longa ovação de pé na sexta-feira à noite em um concerto em Havana que marcou seu retorno à ilha após uma ausência de 85 anos, em um novo passo na aproximação histórica entre Cuba e os Estados Unidos.
No fim do concerto de duas horas, o público, que lotou o Teatro Nacional, aplaudiu por mais de cinco minutos a Minnesota Orchestra.
Em um gesto de gratidão, seu diretor, o finlandês Osmo Vänskä, ofereceu ao público uma polka finlandesa, que não estava incluída no seu programa.
A orquestra dedicou a primeira das duas apresentações que fará em Cuba à música de Beethoven, repetindo o sucesso de 85 anos atrás, quando se apresentou em Havana.
Em 1929 e 1930, o público cubano "aplaudiu particularmente a Sinfonia No. 3 de Beethoven, de modo que os organizadores pediram que repetíssemos algumas das obras (então interpretadas), como um tributo a este momento histórico", disse Vänskä, citado pelo agência de notícias AIN.
O pianista cubano Frank Fernandez e os coros Nacional de Cuba e Vocal Leo estão entre os convidados do concerto.
A orquestra voltará neste sábado ao Teatro Nacional para interpretar clássicos do compositor cubano Alejandro Caturla, de Bernstein e Prokofiev, e, em seguida, participará de uma sessão de jazz no Havana Café do Hotel Melia Cohiba, junto com músicos cubanos.
O intercâmbio cultural entre Cuba e os Estados Unidos tem aumentado desde que os presidentes Barack Obama e Raul Castro anunciaram em 17 de dezembro, deixando para trás meio século de inimizade, um diálogo direto para restaurar as relações diplomáticas.
"Acredito que é um momento de reencontro e de retorno às coisas que foram deixadas na estrada e que podem ser muito rentáveis para a cultura musical de ambos os países", disse à AFP o crítico de arte Pedro de la Hoz.
A banda "California Repercussions", composta por cinquenta músicos, realizou em fevereiro o primeiro concerto de músicos americanos na ilha comunista após o degelo histórico, e o Coral dos Homens Gays de Washington anunciou que oferecerá cinco concertos em julho, em Cuba.