Aviões da coalizão atacam em meio à trégua no Iêmen

Da AFP, em Sanaa

  • Khaled Abdullah/Reuters

    Apesar da trégua proposta até o fim do Ramadã, ataques aéreos foram realizados pela coalizão saudita

    Apesar da trégua proposta até o fim do Ramadã, ataques aéreos foram realizados pela coalizão saudita

Aviões da coalizão liderada pela Arábia Saudita atacaram posições dos rebeldes na cidade de Taez, no centro do Iêmen, na manhã deste sábado (11), horas após o início de uma trégua no país, informaram testemunhas.

Dois rais atingiram posições dos rebeldes xiitas huthis na rua Arbaeen de Taez, onde prosseguiam os combates entre os insurgentes apoiados pelo Irã e combatentes fiéis ao presidente no exílio Rabbo Mansour Hadi, mesmo após o início do cessar-fogo.

A trégua humanitária entrou em vigor às 23h59 de sexta-feira (17h59 de Brasília), com o objetivo de permanecer até o fim do Ramadã, em 17 de julho, e possibilitar que uma ajuda de urgência chegue aos civis vítimas do violento conflito no país, que enfrenta a ameaça da fome.

O anúncio da trégua ocorreu oito dias após as Nações Unidas declararem no Iêmen o nível 3 de emergência humanitária, o maior em sua escala, com cerca da metade das regiões do país enfrentando uma crise alimentar.

"É imperativo e urgente que a ajuda humanitária chegue às pessoas vulneráveis do Iêmen sem obstáculos e através de uma pausa humanitária incondicional", disse na quinta-feira o porta-voz da ONU, Stephane Dujarric.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, recebeu garantias dos rebeldes xiitas huthis e de outras partes de que a pausa seria respeitada completamente e que não iriam ocorrer violações de nenhum combatente sob seu comando.

Mais de 21,1 milhões de pessoas, mais de 80% da população do Iêmen, precisam de ajuda humanitária, com 13 milhões sofrendo com escassez de alimentos, enquanto outros 9,4 milhões têm dificuldades para ter acesso à água.

O caos no Iêmen se aprofundou depois que a coalizão árabe lançou bombardeios no fim de março para evitar o avanço dos rebeldes huthis.

A Arábia Saudita e seus aliados do Golfo exigem que os huthis retrocedam no território tomado em sua ofensiva e que Abedrabbo Mansour Hadi volte ao poder.

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