Saques a supermercados na Venezuela deixam um morto e 60 detidos
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Boris Vergara/Xinhua
A Segurança Nacional foi chamada para conter os saques, ocorridos em meio à falta de alimentos no país, como leite, farina, café e arroz
O saque de um supermercado no sudeste da Venezuela terminou em confusão nesta sexta-feira (31), com um morto e 60 detidos, informaram as autoridades locais.
"Foi um ato planejado. Há 60 presos. Mataram vilmente um trabalhador", declarou o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, em um ato público, acusando "a direita" de estar por trás desses atos.
Segundo ele, o objetivo é suspender as eleições legislativas de 6 de dezembro deste ano.
O presidente anunciou uma operação para capturar os envolvidos no saque.
O governador do estado de Bolívar, Francisco Rangel, relatou que o incidente aconteceu pela manhã, quando um "grupo de indivíduos armados" entrou à força em um supermercado administrado por cidadãos chineses na cidade de San Félix.
"Um deles atirou vilmente contra um trabalhador verdureiro do estabelecimento comercial. Infelizmente, o trabalhador morreu", declarou o governador, acrescentando que "a situação está completamente controlada".
Vários jornais divulgaram imagens de uma multidão tentando entrar à força no supermercado.
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