Palestino é morto após esfaquear soldado na Cisjordânia
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Jameel Salhab/Reuters
Palestino que se disfarçou de jornalista esfaqueia um soldado israelense antes de ser morto próximo à cidade de Hebron, na Cisjordânia
Um palestino disfarçado de jornalista esfaqueou e deixou gravemente ferido nesta sexta-feira (16) um soldado perto da colônia de Kiryat Arba, na Cisjordânia ocupada, e foi morto pouco depois, informou o exército israelense.
O palestino estava vestido como repórter fotográfico, "o que permitiu que se aproximasse dos soldados", afirmou à AFP um porta-voz militar, Ary Shalicar.
Imagens não autenticadas por fontes independentes do incidente, divulgadas na internet, mostram um homem deitado no chão, com uma camisa com a palavra "press".
O porta-voz do exército não confirmou se as imagens foram realmente feitas em Kiryat Arba. Mas ele indicou que o agressor usava uma casula quando se aproximou dos soldados.
O soldado foi levado ao hospital com ferimentos graves. Seus companheiros mataram o agressor, segundo o exército.
A FPA (Foreign Press Association), que representa a imprensa estrangeira em Israel e nos Territórios Palestinos, declarou "lamentar profundamente esta violação dos privilégios dos jornalistas" e apelou toda a imprensa palestina a "verificar imediatamente todas as credenciais de jornalistas para assegurar que não há violações".
O ataque é o último de uma série de mais de 20 atentados de palestinos contra israelenses e judeus desde 3 de outubro.
A Cisjordânia e Jerusalém Oriental, a parte palestina de Jerusalém anexada e ocupada por Israel, vivem sob tensão desde 1º de outubro, com distúrbios que se estendera, para a Faixa de Gaza e que fazem temer uma nova intifada.
A violência deixou 34 palestinos mortos, incluindo diversos autores de ataques, e sete mortos do lado israelense.