Polícia do Líbano resgata 75 escravas sexuais, a maioría sírias
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Hassan Ammar/AP
Refugiada síria carrega criança enquanto pede esmola em calçada em Beirute, no Líbano
As forças de segurança do Líbano anunciaram nesta sexta-feira que desmantelaram a maior rede de tráfico de escravas sexuais desde o início do conflito na vizinha Síria e que libertaram 75 mulheres, a maioria deste país em guerra.
As mulheres, que foram agredidas e violentadas, mostravam em alguns casos sinais de mutilação, segundo um comunicado das forças libanesas.
"Esta é a maior rede de tráfico sexual descoberta desde o início da guerra na Síria", disse uma fonte libanesa à AFP.
A operação aconteceu ao norte de Beirute, onde "foram resgatadas 75 mulheres, em sua maioria sírias, que haviam sido agredidas e submetidas a tortura física e psicológica, forçadas a realizar atos sexuais que depois foram gravados e distribuídos", afirma o comunicado.
Dez homens e oito mulheres que vigiavam os apartamentos onde as vítimas eram mantidas como reféns foram detidos.
A polícia também encontrou um bebê de oito meses, provavelmente filho de uma das mulheres resgatadas.
Antes da guerra na Síria, iniciada em 2011, mulheres deste país já eram vítimas de exploração sexual no vizinho Líbano, mas com o conflito as mulheres e as crianças sírias se tornaram mais vulneráveis neste aspecto.
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