Topo

Esse conteúdo é antigo

Juiz dos EUA ordena reabertura de lojas de armas fechadas em pandemia

Rifle semiautomático fotografado em loja de armas nos Estados Unidos - George Frey/Getty Images
Rifle semiautomático fotografado em loja de armas nos Estados Unidos Imagem: George Frey/Getty Images

em Washington (EUA)

07/05/2020 22h44

O lobby das armas de fogo nos Estados Unidos obteve uma vitória judicial hoje, depois que um tribunal federal ordenou a reabertura das lojas que vendem armamentos de Massachusetts e que tinham sido fechadas como parte de medidas para combater o novo coronavírus.

Como outros governadores do país, Charlie Baker, incluiu lojas de armas na lista de "negócios não essenciais"que deveriam ficar fechados no estado durante a pandemia.

Mas sua decisão foi contestada pelos proprietários e vendedores de armas e por associações para a defesa do porte de armas em nome da segunda emenda da Constituição.

O juiz federal Douglas Woodlock concordou com eles e ordenou a reabertura desses estabelecimentos no sábado, seguindo rigorosas medidas de precaução (cumprimento de distâncias de proteção, uso de máscaras), de acordo com uma cópia da sentença consultada pela AFP.

Com mais de 75.000 mortes, os Estados Unidos são o país mais afetado pela covid-19 no mundo.

No início da crise, a compra de armas disparou em um país onde um terço dos cidadãos adultos possui pelo menos uma.

No entanto, a proliferação de medidas de contenção desencadeou um debate sobre a possibilidade de manter ou não as lojas que vendem esses produtos abertas.

Enquanto Texas, Ohio e Michigan consideraram essas lojas "essenciais", os estados de Nova York ou Nova Jersey, epicentros da epidemia nos Estados Unidos, adotaram uma posição diferente.

O lobby das armas entrou com várias ações nos estados onde as empresas que as vendem tiveram que fechar.

O tribunal de Massachusetts é o primeiro a ordenar sua reabertura. Um juiz da Califórnia, por outro lado, negou uma ação semelhante por parte das autoridades da cidade de Los Angeles.

Em outros lugares, os julgamentos ainda estão pendentes.