Trump compartilha piada de site satírico sobre apoio do Twitter a Biden
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, compartilhou hoje uma matéria falsa de um site satírico sobre a queda proposital do Twitter como forma de conter a propagação de notícias negativas relacionadas a seu rival democrata, Joe Biden, aparentemente sem saber que se tratava de uma piada.
Trump, que costuma criticar as fake news ao mesmo tempo em que espalha informações equivocadas para seus 87 milhões de seguidores, tuitou um link para a matéria intitulada: "Twitter desliga toda sua rede para diminuir a disseminação de notícias negativas sobre Biden".
"Isso nunca aconteceu antes na história", escreveu Trump no Twitter. E ele está certo porque o Twitter nunca fez isso.
"Isso inclui sua péssima entrevista na noite passada. Por que o Twitter está fazendo isso?", questionou ele, referindo-se ao candidato democrata e a sua aparição ontem em um debate individual na televisão que contou com perguntas de eleitores.
A matéria compartilhada por Trump é do Babylon Bee, um site de notícias satíricas que tem como slogan: "Notícias falsas nas quais você pode confiar", claramente exposto em sua conta no Twitter.
Esse tweet de Trump acontece depois de fazer críticas ao Facebook e ao Twitter anteontem por bloquear links para um artigo do jornal New York Post, que expôs supostos negócios corruptos de Biden e seu filho Hunter na Ucrânia.
As redes sociais comunicaram ter restringido a viralização desse conteúdo porque a origem das informações era questionável.
No passado, Trump já havia tuitado artigos do Babylon Bee, e representantes do site afirmaram ao The New York Times no início de outubro que estavam confiantes sobre Trump saber que o conteúdo é satírico.
Pouco depois de atrair a atenção de Trump, o CEO do site, Seth Dillon, declarou com orgulho: "Babylon Bee é a fonte de notícias mais confiável do presidente".
Desde o início da sua vida política, Trump é propenso a compartilhar acusações infundadas, como quando argumentou que seu antecessor, Barack Obama, não havia nascido nos Estados Unidos.
Esta semana, o presidente republicano compartilhou uma informação - cuja origem é do movimento de extrema-direita QAnon - de que Biden estava envolvido em uma conspiração para fingir sobre a morte de Osama bin Laden em 2011.
Em um evento em Miami na última quinta-feira, Trump defendeu seus retuítes, dizendo que "as pessoas podem decidir por si mesmas" se as bizarras teorias compartilhadas por ele são ou não verdadeiras.
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